quinta-feira, maio 21, 2009

Facilita-se

Quando ouço falar em provas de aferição de conhecimentos dá-me um arrepio na espinha. Isto porque é mais do que óbvio que dali não se afere nada de real. Apenas números e estatísticas para depois aparecerem em relatórios da OCDE que se atiram para o ar como resultados de fantásticas politicas na área do ensino. As tais provas, segundo a opinião geral dos alunos que as fazem, são fáceis. Claro, depois poderão vir os nossos governantes dizer que os resultados foram fabulosos e que a matemática já só temos 20% de negativas e não sei que mais. Facilita-se.

Há também outra coisa muito gira a que chamam novas oportunidades. Mais uma para trabalharmos para as estatísticas. Só não percebo como não vem mais frequentemente a público que através das novas oportunidades muita gente passa, sem ter presenciado uma única aula do dito programa e sem nada saberem. Passam porque é esse o destino traçado assim que se inscrevem. Mas não nos assustemos, as coisas estão a melhorar... estes pelo menos não passam ao fim-de-semana! O que interessa é dizer que as novas oportunidades são um sucesso. Facilita-se.

E de facilidade em facilidade tornamos o futuro insustentável!


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27 Comentários:

Cirrus disse...

Concordo com o que dizes, mas, na minha opinião, focas dois aspectos muito diferentes e que não têm grande relação entre si.

As provas são uma paneleirice, para falar em mau português, que é aquele que entendemos melhor.

Quanto às Novas Oportunidades, julgo que há milhares de pessoas por esse país fora que não partilham a forma como desvalorizas a sua formação. E são pessoas válidas, com experiência de vida. E esse é uma aspecto que devemos valorizar.

Cor do Sol disse...

Devias ver a cara que fazem as auxiliares da minha instituiçao quando se queixam que aquilo é dificil e que se exige demais, quando eu digo que elas so devem estar a gozar com a minha cara. Que têm tudo de mão beijada.

Lançam-me os olhares fulminantes, mas eu já estou imune :)

Cirrus disse...

Por certo, não deve estar a comparar a sua capacidade de estudo com a capacidade de estudo de pessoas que, na maior parte das vezes, nem tiveram a hipótese que nos foi dada de frequentar escola e universidade. É que só pode estar a gozar comigo! As pessoas que frequentam as Novas Oportunidades, ou, pelo menos, a maior parte delas, são pessoas que não frequentaram altos graus de escolaridade, e que querem ver reconhecido o seu contributo para a sociedade através de um diploma que lhes certifica qualificações mínimas. Se vamos todos ser como a professora de Espinho, arriscamo-nos um dia a que não haja quem auxilie nas escolas, por exemplo. E, que eu saiba, sem auxiliares, também não há aulas.
Penso que reconhecer, por via eleitoralista ou não (isso não discuto), o contributo de um trabalhador para a sua sociedade é justo e mais não se pode exigir.
Por isso é que somos uma sociedade - não há empregos mais importantes que os outros, todos fazemos algo essencial para que tudo isto não pare. Pensar o contrário é complexo de superioridade.

afectado disse...

cirrus, a relação que têm entre si é que ambos vão falsear estatísticas.

são isso mesmo. eu se tivesse um filho e ele estudasse pouco para estas provas, ia ser complicado. por um lado eu ia lhe dizer para estudar, por outro sabia perfeitamente que se fosse eu pouco me preocuparia com esta fantochada!

quanto às novas oportunidades, se fosse algo a sério, eu valorizava mais, é um facto. e eu valorizo e muito a formação das pessoas e acho perfeitamente justo e necessário que lhes seja dada essa oportunidade. sei bem o que isso é pois a minha mãe aos 10 anos já trabalhava numa fábrica para os irmãos mais novos terem algo para comer!

o problema das novas oportunidades é que os professores são "aconselhados" a passar toda gente independentemente de frequentarem ou não as aulas e de cumprirem os mínimos ou não nas provas. isto é que é desvalorizar a formação das pessoas. isto é que é gozar com elas. na minha opinião isto é quase como lhes passar um atestado de burrice... não concordas? claro que a ideia de quem "aconselha" assim é puramente populista. mas que "aconselham" sem deixar alternativa isso é verdade.

afectado disse...

cor do sol, na minha anterior empresa trabalhava uma pessoa que andou nessas coisas e que com a honestidade que bem a caracterizava me disse num dia em que estávamos no café a tomar o pequeno almoço:

"afectado, vi-me à rasca para fazer aquilo... já lá vão tantos anos e nem tive tempo para estudar. mas digo-te, aquilo via-se que era mesmo fácil..."

afectado disse...

cirrus, concordo plenamente, todos os empregos são necessários e importantes. é por isso que eu tanto almoço ou tenho uma conversa com um sr. dr. como com um trolha. mas há muito boa gente (não estou a dizer que tu és assim, mas certamente também conhecerás, como eu, quem o seja) que defende essa igualdade de importância dos empregos e depois é incapaz de estar meio minuto seguido a falar com um trolha, um senhor que recolhe o lixo, etc.

Pronúncia disse...

Chamo a isto "governar para a estatística", nem que para isso se "nivele por baixo". Algo em que este (des)governo é perito!

Quanto às Novas Oportunidades, é mais uma daquelas questões em que a ideia é boa, o problema é o resto.

Há muita gente séria a frequentar o programa... conheço alguns, já ajudei alguns em trabalhos que tinham que fazer. Esses merecem todo o meu respeito, que mais não seja porque se esforçam.

Mas também conheço outros que pura e simplesmente compraram o "portfolio" de alguém que já fez as NO e... voilá! Curso feito! Esses não me merecem respeito nenhum.

O problema, é que para todos os efeitos, ficam os dois (o honesto e o desonesto) em igualdade de circunstâncias.

Foi abordada aqui a questão de trabalhos mais ou menos importantes.
Tive um chefe que resumia isso assim:
"Se os senhores que recolhem o lixo soubesse a força que tem... ninguém os tratava mal"

Para terminar (que isto já vai longo), eu sigo a máxima da minha avó (que tinha a 4ª classe, mas era das mulheres mais sábias que conheci):

"Trabalhar não é vergonha! Vergonha é roubar!"

Ana disse...

Mais uma vez, tenho de subscrever o Cirrus eheheheh...

Bem, lembro-me da prova de aferição de matemática "do meu tempo". Que era feita no 12º e contava para a nota de entrada ma universidade. De fácil não tinha nada e a grande questiúncula residia no facto de os conteúdos da prova não terem nada a ver com o programa de matemática do 12º. As razias de notas eram já esperadas...ahahahah....

Ana disse...

Quanto às novas oportunidades, anda a pagar o justo pelo pecador. Na ansia de mostrar resultados, facilita-se. Em alguns lugares...existe uma ideia generalizada de facilitismo ao nivel das novas oportunidades e do ensino de formação de jovens ou adultos que não é realistico.
Obviamente que há pressões para facilitar. Há quem ceda a essas pressões. Há quem se mantenha fiel aos seus ideais. E há quem invente números...

Ana disse...

No caso do ensino de formação, os curriculos são distintos do curriculo do ensino dito normal porque tb têm uma finalidade diferente: um determinado emprego. Todo o curriculo é desenhado (com as suas falhas obviamente) tendo em conta a carteira profissional que se pretende. Ou o grau académico. Há cursos de um ano ou dois, que visam a obtenção de 9º ano (havendo requisitos minimos obrigatórios, não? um analfabeto não poderia propriamente entrar no curso...), e há cursos de 3 anos que visam a obtenção de uma carteira profissional e do 12º (essas pessoas têm de ter o 9º ano feito). Têm disciplinas semelhantes às da escolaridade dita normal e têm disciplinas especificas, consoante o curso e a profissão em questão.

Ana disse...

Facilitismo? Gostava de ver muitos senhores doutores a tirar um curso de Técnicas de Esteticismo e Cosmetologia...ah poisé bébé, aposto que metade ia logo prá rua!!! ;-p E digo isto pq geralmente no final dos cursos metade dos estudantes vai saindo, seja por excesso de faltas, seja por maus resultados académicos (ou porque desistem por eles mesmos)...onde eu estive, vi tentativas de facilitar, sim. Vi alguma desorganização, sim. Mas não vi o facilitismo de que falas. Obviamente que os conteúdos curriculares têm de ser adaptados e que não podes exigir de determinadas pessoas o mesmo que exigirias a um bom estudante. Ali, não nos podemos esquecer q temos pessoas com dificuldades de aprendizagem, que não são bons estudantes, mas que querem aprender e trabalhar. Ou que vêm de uma realidade socio-cultural que alguns nem sequer conhecem. A alguns formandos até regras básicas de comportamento social têm de ser ensinadas...pois se mais ninguém quis saber deles, ou lhes explicou que x não era y...

Ana disse...

Números inventados, acredito que haja. Mas não nas minhas equipas, se queres que te diga, tive sempre a sorte de integrar equipas excelentes. Ainda no outro dia recebi um sms de uma ex-formanda a contar q tinha conseguido o seu emprego certo como esteticista e massagista num hotel...tem 17 anos...muitas ficaram pelo caminho porque, lá está: não há o facilitismo que quem não conhece o meio diz haver...há sim, realidades diferentes, pessoas com problemas, pessoas que a escola dita normal rejeitou, maus estudantes e, como objectivo, aprender uma profissão. Não aprender a estudar para ir para a universidade, mas aprender uma profissao!

Ana disse...

Quanto às novas oportunidades, penso que a ideia em si dava a hipótese a muitos portugueses que a vida, a falta de dinheiro, a falta de oportunidade, a emergencia de arranjar um trabalho, etc, o facto de serem maus estudantes, etc, impediu de atingirem o 9º ano ou até o 12º ano.
Nas novas oportunidades há dois tipos de encaminhamento. Há as pessoas que provam que o seu percurso de vida as dotou de capacidades e conhecimentos que muitos pseudo-doutores não têm e aí acho digno e justo que se reconheçam essas capacidades (através de um processo que não tem nada de fácil nem de pequeno...). Por exemplo, o meu avô só tem a 4ª classe. A vida mandou-o trabalhar para sustentar a familia. Contudo, sempre se auto-cultivou, e é capaz de meter engenheiros e doutores a um canto...e só tem a 4ª classe...não é justo que lhe seja dada oportunidade de demonstrar os seus conhecimentos? Se até gestor de uma pequena empresa ele foi? Sem qq curso de gestão?...ah poisé bébé...destes exemplos não nos lembramos nós...

Ana disse...

Obviamente que há quem se aproveite do sistema. Obviamente que há corrupção. Obviamente que há números falseados e exagerados. Até directores que falseiam o CV há...poisé...há corrupção como em todo o lado. Mas tb há um ideal que,se o deixarem, funciona.

Acontece que muitos dos que "tomam conta" destes cursos ou destes reconhecimentos de competencias, pensa assim maisoumenos como eu. Ou seja, se queres o 9º ano ou a carteira, vais ter de trabalhar!! Logicamente que há conteúdos que têm de ser adaptados à realidade das pessoas que estão à nossa frente. No entanto, amigos, pessoas q mal sabiam escrever, sairam dali a conhecer quimica cosmética, por ex. Os nomes de todos os músculos do corpo e da sua função. De todos os ossos e nervos. A analisar o corpo de uma pessoa e determinar o cuidado cosmético mais adequado, ou a encaminhá-la para um médico especialista. Facilitismo?...ali não.

A segunda via das novas oportunidades, é um curso mesmo, qd a pessoa não tem assim uma vasta experiencia de vida. Um curso adequado aos seus conhecimentos, e à profissão q exerce ou vai exercer.
E, no teu CV vais sempre indicar onde foi tirado o teu 12º ou 9º...e, se queres ir para a universidade e fizeste a "escola" através destes meios, vais ter muito que alombar e aprender. E olha que há quem consiga.
Tive um explicando que entrou na universidade através de exames had-hoc (ou lá como se escreve). Só tinha o 9º ano. Trabalha a tempo inteiro, vai às aulas e ainda consegue tirar boas notas e ser um dos melhores.
Portanto, não é só de facilitismo ou números falseados que vive esta outra realidade...
E, como eles existem - e existem em todo o lado, em qq profissão, em qq ensino - acaba a pagar o justo pelo pecador.

Portanto, de cada vez que me vêm com estas conversas, considero que me estão a chamar má profissional, facilitista, e corrupta. A mim e a outros colegas mal pagos, que alombam e lutam por pessoas de quem ninguem quis saber, e depois vêm quase todo o dinheiro ganho ir parar ao sustento da ciganada, aos impostos, à exigencia de seguros de acidentes de trabalho (pagos do teu bolso), à gasolina para chegares ao centro de formação (pagos do teu bolso), muitas vezes a mais de cem kms da tua casa, à alimentação, ao material, etc, etc, etc...
Percebes onde quero chegar, não percebes? Há muito alarde e muita subjectividade acerca deste tema. E muitos dos que falam, não conhecem o meio, nem o que é lá feito. E ao insultarem o sistema, insultam quem lá trabalha e tenta que as coisas funcionem.

Ana disse...

ps - desculpa, mas tive de partir tudo em partes, porque o blogger não me deixava publicar tudo junto ihihihhi...

Ana disse...

Cor do Sol, as auxiliares da tua instituição não têm as mesmas capacidades e oportunidades de vida que tu tiveste. E, desculpa, mas há vários cursos que são dificeis e exigem bastante das pessoas...se calhar, até para nós! Se, até para nós, seriam dificeis, imagine-se agora para quem não é um bom estudante...

Cirrus disse...

Vani

As pessoas esquecem muitas vezes o que muitos outros têm que sofrer para que as coisas lhes cheguem às mãos como chegam. Não se convencem de que vivem numa sociedade, são muitas vezes mundinhos à parte. Mas também é verdade que pouco dos outros mundos procuram conhecer, como diz o afectado.
Se conversassem mais com os outros e não puxassem logo de galões, seriam mais honestas intelectualmente.

Ana disse...

Cirrus, totalmente de acordo, pra variar...posso dizer méeeeeee?

Ana disse...

#os professores são "aconselhados" a passar toda gente independentemente de frequentarem ou não as aulas e de cumprirem os mínimos ou não nas provas.#

Nunca vi nada disso onde trabalhei, afectado...acredito que exista, aliás, existe. Mas onde eu estive, chumbava-se por faltas e por maus resultados académicos...

A corrupção não está em todo o lado...

Cirrus disse...

Vani

Podes dizer o que quiseres, mas olha... Levas com o Todd! Quanto apostas?

:D

afectado disse...

pronúncia, claro que há quem ande nas novas oportunidades a tentar as coisas com mérito. mas é pena que de qualquer modo já haja ordem para passarem... ou seja, têm mérito, mas se não tivessem era a mesma coisa :s

afectado disse...

vani e cirrus, eu sou a favor das novas oportunidades. acho uma bela ideia e até mesmo necessária. mas, e infelizmente em portugal existem sempre "mas", a sua aplicação não está a ser honesta.

em várias escolas (não sei se muitas ou poucas) aconselham-se os professores a passar os alunos vão que não vão às aulas. e isto, mais do que falsear números e estatisticas, é injusto para essas pessoas que vocês falaram que na sua vida pessoa e profissional foram adquirindo conhecimentos e competências que muitos de nós que somos formados não as temos. é injusto para essas pessoas porque elas vão para as novas oportunidades provar o seu valor, alcançar mais um grau... mas, se não se esforçarem e se não fizerem lá nada, alcançam na mesma.

isto não é ser injusto com eles??

claro que é! justo era fazerem as novas oportunidades de forma equilibrada e os que fossem lá e tivessem mérito, obtivessem aprovação, os outros, que tentassem mais uma vez porque nem toda gente consegue as coisas à primeira. isto sim seria dignifica-los a todos. mas o que se faz, é tornar o esforço que alguns fazem nas aulas e nos trabalhos num esforço sem qualquer consequência pois de qualquer modo passariam...

(falo obviamente das escolas onde dão uns "conselhos" aos professores e que já vêm de cima e com intenções bem definidas)

Ana disse...

Afectado, totalmente de acordo. Infelizmente, há corrupção em todo o lado...sabes, o ensino profissional já foi muito mais dignificado, no passado. E, hoje, pelo menos a meu ver, começa a dignificar-se outra vez na medida em que o formador tem autoridade na sala de aula: pode berrar, pode mandar pra rua, pode chumbar por faltas, pode chumbar por falta de resultados... percebes onde quero chegar?
E é engraçado, mas neste tipo de ensino, onde supostamente ensinamos uma profissão (e não só...) a pessoas com outra realidade e outro nivel socio-economico (e muitas vezes com um nivel e capacidade de aprendizagem muito baixos), nunca houve os problemas que se relatam para o ensino dito formal ou normal...alguma vez uma formanda minha me ameaçava ou batia ou sei lá por causa do telemovel? loooool, essa era pra rir. Mas, acontece quem, se calhar, eu sei lidar com essas situações ao ponto de não se tornarem confrontos fisicos...quer dizer, acho que sei, pois nunca me aconteceu nada desse genero na sala...já tive que chamar o 112, uma vez, mas nada desse genero...

afectado disse...

vani, nem sei se é corrupção, se é burla. a ordem vem dos superiores da escola que por sua vez receberam um "conselho" de alguém que está acima da escola.

Ana disse...

É tudo junto. Eu tb já tive uma espécie de aconselhamento a dar positiva a determinado formando...recusei, pq não cumpria os requisitos minimos. E depois o gajo ainda me andou a perseguir via sms com choradinhos...novelas! A sorte dele era nao ser o ultimo "periodo" e ainda ter uma segunda hipotese. Bem, havias de ver, aquilo é q foi trabalhar ahahhahha, pela primeira vez esforçou-se. Lá levou o 10... ;-) (tinha 7 e eu ainda queria dar-lhe menos...eu sou muita máaaaa! lol).

Ana disse...

Mas, enquanto houver dinheiro, poder, hierarquias e o catano...haverá sempre corrupção... infelizmente todos sabemos, por ex, q apesar de as novas oportunidades serem uma ideia interessante,à partida, é em muitos sitios uma burla onde todos passam a torto e a direito...já pra não falar do ensino dito formal/normal...

quidam disse...

Ora até que enfim que alguém pensa como eu!
Este é um assunto ao qual dediquei algum tempo no meu blog.
Isto das novas oportunidades é uma aberração e tenho todo o direito e moral para o dizer porque estudei á noite durante anos e para quê? para chegarem agora aqueles que achavam que eu andava a perder tempo e sem frequentarem aulas e pior, sem lhes ensinarem nada lhes dão um diploma, para que é que perdi tempo a investir na minha formação?
Os parasitas estão de parabéns o mundo é deles dou o braço a torcer!!!
Sra. ministra da educação quero um curso superior tirado em 6 meses!

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