Pior que o comunismo, é o histerismo
É assim tão extraordinário o que Alberto João Jardim disse? Serei só eu a achar que ele não disse nada que seja um atentado à democracia?
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27 Comentários:
Mais uma vez o tio Alberto João conseguiu o que queria... que falassem, e muito, dele! Sempre igual a si próprio! Polémico e politicamente incorrecto...
Mas convenhamos que não é a melhor altura para ser polémico, acabou por colocar numa posição delicada a direcção do partido dele.
E prepara-te Afectadito, esta foi a bombinha de Carnaval, porque no fim do mês virá a bomba maior, para alegria dos jornalistas... por norma ele dispara o arsenal na festa comício do Chão da Lagoa!
pronúncia, será que deixou? olha que por mim, e não sendo eu filiado nem fiel a nenhum partido, não acho mal que a direcção do partido pouco ou nada diga sobre o assunto. não vejo nas palavras dele razões para tanto histerismo. ele comparou o fascismo de direita ao de esquerda. e sugeriu que AMBAS fossem proibidas. qual o problema disto? eu por mim até concordo, apesar de não me importar que existam em nome da pluralidade de opiniões, se bem que espero que dentro de certos limites de popularidade bastante reduzidos.
mas uma coisa é verdade, ou somos contra os fascistas sejam eles de esquerda ou direita, ou ser apenas contra os de um lado é sinónimo de ser fascista do outro lado. digo eu.
ah, faltou uma coisa:
http://31daarmada.blogs.sapo.pt/2821865.html
para o caso de vir alguém barafustar e apelidar-me de mil e uma coisas.
Afectas, o partido não poderia dizer mesmo nada, e ele sabia disso. Atenção que também não sou filiada nem fiel a qualquer partido político.
O histerismo à volta da proposta é precisamente o resultado que ele sabia muito bem que haveria. Ele é raposa velha que adora uma boa polémica, sabe provocá-las, e conhece bem o jornalismo que se faz por cá.
Sou contra todas as formas de totalitarismos e extremismos (sejam de direita, sejam de esquerda), e sinceramente não considero que o Partido Comunista Português se enquadre em nenhuma delas, pelo menos nas questões que defende publicamente.
Posso não concordar com elas, que não concordo, mas não me parecem extremismos, quando muito são demagógicas e já estão gastas.
Li o artigo do 31 da Armada.
O que eles comentam é verdade, só se esqueceram de contabilizar os mortos provocados por ditaduras de direita... porque também as houve. Entre uma e outra venha o diabo e escolha! Abomino de igual modo as duas.
o pcp tal e qual o que é hoje, não é um perigo para a democracia até porque nem sei se constituem um perigo seja para o que for. mas imagina que o pcp, ou o be, se apanhavam no poder (sem ser coligações com ps)... achas que a conversa deles continuaria a mesma? há uns tempos li uma entrevista do louçã (pessoa que admiro pela sua capacidade) e lendo as entrelinhas das palavras dele percebia-se muito bem o quão perigoso seria ele nos comandar.
no 31 da armada não disseram que o fascismo de direita não fez vitimas. simplesmente fizeram ver que as palavras do ajj não seriam assim tão escandalosas como muita gente diz serem. e para quem tiver má memória, é bom que dê uma vista de olhos pelos dados que são apresentados naquele post.
e o ajj (pelo menos nas notícias que li do assunto) não falou em proibir a existência do pcp mas sim do comunismo. tendo em conta o presente do pcp haverá quem diga que nem é a mesma coisa.
antes que venha alguém dizer que o fascismo de direita fez mais x mortos e apareça alguém a retorquir que o de esquerda causou mais miséria, e por aí fora tipo jogo de ping pong, digo-vos que ambos os fascismos são maus! quer o de direita, quer o de esquerda. cada um com as suas particularidades, mas ambos maus!
Afectas, por isso eu disse "naquilo que defendem publicamente".
Além disso, seria muito difícil para o PC, ou o BE, implementarem as ideologias que defendem, não te esqueças que estamos integrados na UE. Daí também não os ver como um partido extremista.
Não te esqueças que eles só lá estão porque foram eleitos para tal. Podemos sempre proibir o voto secreto... Para impedir que as pessoas votem no PCP e no BE.
Claro que é ridículo o que ele disse. E bem grave, vindo de quem vem... Ele que comece por dar exemplos de democracia.
afectado, até deixavas aqui o link dessa entrevista do Louçã que te fez pensar que ele a comandar seria um perigo. E não estou a ser irónica, estou mesmp a falar a sério. É que eu nunca me apercebi de nada disso... Mas pode-me ter escapado alguma coisa...
As palavras do Alberto João Jardim são do mais escabroso que já ouvi. Não porque seja defensor das causas comunistas ou fascistas ou seja lá do que for.
São escabrosas porque ele já conseguiu esquecer que Portugal é uma democracia e que, mantendo-se o figurino constitucional como se encontra hoje, nunca seria possível a qualquer partido implementar uma ditadura a não ser que o fizesse à força. Aliás, como ele o faz na Madeira.
Que adiantaria proibir o comunismo em Portugal? Se, por acaso, se viesse a instalar uma ditadura comunista neste país, esta respeitaria a lei? Pelo amor de Rá, quando o gajo abre a boca, nenhuma mosca se pode aproximar, tal o cheiro a merda.
treze, tal como disse eu não me incomoda que os partidos fascistas de direita e de esquerda possam ter votos. até acho que é bom as pessoas poderem votar neles. o que eu me refiro no post é ao facto do histerismo que estas declarações geraram, quando se ele dissesse que queria que o PNR fosse banido, já o escândalo não existiria. e isso era um contra-senso.
AUFDERMAUR, até deixava sim se o tivesse :P. e para ser honesto não me lembro se li na net ou em papel. na altura o que li deixou-me com a clara sensação que se algum dia ele conseguisse chegar ao poder, seria um desastre. as ideias a nível salarial, etc, seriam um desastre. iam tornar a nossa sociedade mais igual, é um facto, mas nivelada muito por baixo.
de qualquer modo não é preciso o link, como os meses que se avizinham não faltarão entrevistas e declarações para acompanhar.
cirrus, se ele dissesse o que disse mas apenas em relação ao PNR, aposto que o escândalo gerado era quase inexistente.
Pois, provavelmente sim, e não seria caso para admirar - afinal, proibir vinte pessoas de votar naquilo que acreditam não seria bem a mesma coisa que proibir 25% da população votante portuguesa de se expressar. É que 25% é... quê?... Um quarto dos votantes?!
Pelo amor de Rá, pensei que poderia haver olhinhos na cara, mas, pelos vistos...
não seria a mesma coisa em termos de quantidade, mas seria certamente a mesma coisa em termos de qualidade.
afectado,
há que colocar as coisas em perspectiva e em proporção devidas.
Não podemos comparar um comunismo demagogo e com ideias ingovernáveis com um bando de anormais. Até porque o BE (principalmente e excluindo certos assuntos) também apresenta medidas uteis e boas ideias, ao contrário de (uma vez mais) certos anormais que se esquecem que são precisamente os emigrantes que contribuiram para o crescimento do país...
Embora tenhas razão no que dizes que não seria tão escandaloso.
Mas quem deve decidir quem pode e não pode é a voz popular.
E tenho para mim que mais tarde ou mais cedo o BE vai lá chegar. E aí vamos pelo cano abaixo em definitivo.
treze, antes de mais e para que não fiquem dúvidas, eu mais depressa me identifico com o BE do que com os PNR, partido que inclusive já critiquei algumas vezes pelas suas ideias (ou falta delas em condições).
o que eu acho é que ou se aceitam ideologias totalitárias de ambos os lados ou então de nenhum (e eu prefiro que se aceite de ambos).
quanto ao BE chegar ao poder, se o conseguir espero que seja só em coligação e sem ter muitos poderes na mesma. se chegasse um dia ao poder sozinho (não acredito que isto possa acontecer), sem dúvida que estávamos mal...
Sabes, isso nem eu nem tu podemos afiançar. Pode passar-te pela cabeça que qualquer partido derivado de ideais totalitários governará totalitariamente, o que pode não ser verdade. Aliás, em Portugal, seria completamente impossível. Além do mais, há a questão das pessoas - as do PC e as do BE, conhecemos, gostamos ou não, e muitas serão boas outras nem por isso. Conheces alguém do PNR para além daqueles que escondem arsenais em casa?
cirrus, a questão é que a constituição proíbe uma coisa, mas não proíbe outra. e isto, gostemos ou não, tem pouco de democrático. é a isso que se refere a "qualidade" que escrevi. ao acto de proibição e não às ideologias em causa, que por sinal não aprecio em particular nenhuma das duas.
do pcp e do be (ou só do be, já não tenho a certeza) conheces pessoas que não têm arsenais em casa é verdade... por exemplo estou a lembrar-me dos da verde eufémia. claro que há pessoas do pcp e do be que são boas pessoas (nem me atreveria a por isso em causa). mas o ideal seria não se proibir nenhuma das ideologias, pois tal como dizes, por cá nunca teriam hipóteses de ser totalitários...
Legalmente, não teriam hipóteses - é diferente. Mas... Alguém proibiu o PNR?!
Afectado, todos sabemos dos tiques de esquerda radical da nossa Constituição. Foi feita numa altura em que estávamos a sair de uma ditadura fascista e houve quem pensasse que íamos entrar numa ditadura do proletariado. Na prática, foi isso que aconteceu durante algum tempo, com os resultados brilhantes que se conhecem.
Corrigir a constituição no sentido de ser totalmente livre de tiques comunistas, tudo bem, concordo. Agora, proibir os partidos de seguirem as suas ideologias parece-me demais. Se o PC ou o PNR chegarem ao poder, não será porque a maioria do povo os quisesse ver lá? E não teriam esse direito, digo eu?
sim, durante algum tempo vivemos nessa ditadura (que poucos referem hoje em dia) e os resultados foram realmente maus!
teriam, apesar de algumas das pessoas que os elegeriam, não quererem ditaduras. (a não ser que na campanha eles já anunciassem essa vontade).
lá está, a democracia ainda é muito imperfeita...
Ora, ora, meu caro, quando te convences que a maioria esmagadora dos votantes em Portugal só são duas coisas: Salazarentos e anti-salazarentos? E os primeiros estão em larguíssima maioria, manifesta no centralismo PS/PSD, numa espécie de "deixa andar que isto é como dantes"?
A questão não é manifestar a intenção da ditadura, porque essa, já sabemos, é a opinião dominante de todos os políticos no activo, como o referido AJJ, que nem é ditador nem nada. A questão é apenas de nomenclatura. Porque uns são filhos da mãe e os outros, amigo, são filhos da senhora que se porta mal...
Aposto que vai iniciar um novo partido monárquico em que ele, o Rei Momo do Carnaval, será Rei da Madeira. Coisa que, já é, convenhamos. Os madeirenses gostam dele. Sabe-se lá porquê, mas gostam. Se ele quer ser rei, é deixá-lo. Quer a madeira? deem-lhe a madeira. E já agora, amandavam a ciganada toda para lá (esta seria a condição imprescindivel para a madeira se tornar um caganito independente, claro).
Mais uma vez, o histérico do palhaço consegue estar no centro das atenções. E o Pinho é que é expulso...
cirrus, o problema é que não é muito fácil deixar de votar no centralismo. porque depois vêm os extremismos.
vani, então o pinho não se tinha demitido? queres ver que o sr sócrates mentiu (coisa inédita) e o pinho foi mesmo expulso? :P
Mas quais extremismos, homem???
Cabe lá na cabeça de alguém que isto mude sobremaneira se for o PNR ou o PC ou o BE o partido do Governo???
Pareces os da reacção: "Os comunas comem criancinhas...!"... Ora, devemos falar é de ideias para o país, pois ideologia, da forma que está organizado o nosso sistema político... Deixa lá isso!
cirrus, muda, pode-se manter a mesma merda, mas o cheiro será diferente. digo eu armado em maya :)
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