Daniel Luís Vs. Universidade do Minho (caso dissidências) - Afinal quem tem razão?
Tenho acompanhado com algum interesse a polémica da não renovação do contrato do assistente Daniel Luís por parte da Universidade do Minho. Antes de mais, é por aí que importa começar... não é despedimento como muita gente diz, mas sim não renovação de contrato, o que é substancialmente diferente. Depois há uma polarização de opiniões do assistente e da universidade. Essa mesma polarização reflecte-se nas pessoas que apoiam uma ou a outra parte. De um lado os que defendem que o contrato do assistente não foi renovado (apesar de alguns insistirem em dizer que foi despedido) porque mantém um blog humoristico, do outro os que defendem que a universidade não renovou o contrato porque o assistente não cumpriu os objectivos e ao fim de dois anos de trabalho na sua tese, apresentou apenas um capitulo da mesma.
Apesar de manter em aberto a minha opinião sobre o assunto, começo-me a inclinar para acreditar nas motivações que a universidade defende ter. Acontece assim porque vou lendo e ouvindo argumentos de defesa do assistente e dos seus apoiantes que não me convencem. Dizer que nunca a Universidade do Minho deixou de renovar contratos com assistentes por estes ao fim de um certo tempo terem apresentado menos trabalho do que o que era suposto é mentira! A não ser que três casos que eu conheço não sejam de assistentes mas sim de aliens. Também não abona muito a seu favor o facto de querer trocar de orientador e de departamento. Mais nada? Tão bom que era todos podermos escolher em que departamentos trabalhamos e quem manda em nós ou simplesmente nos orienta. Era bom, mas não é assim nem nunca será.
E convenhamos duas coisas: 1 - Ter um capitulo pronto ao fim de dois anos de trabalho, parece manifestamente pouco; 2 - O próprio dizer que espera que esta tarde seja feita justiça, pois caso contrário, deixarei de acreditar na humanidade, nos homens e mulheres que me rodeiam e desaparecerei definitivamente deste mundo, é uma vontade de dramatizar um assunto para lá dos limites. E quando há drama a mais, a razão pode estar em quantidades a menos.
Este assunto tem surgido como uma bola de neve e o seu impacto não pára de aumentar (coisa que virá a ser negativa para ambos os lados, independentemente de quem tem razão). E não me espanta a forma como esse aumento se tem dado pois no nosso país sempre que alguém se defende de algo usando a bandeira da liberdade de expressão, recolhe logo diversos apoios nem que seja só mesmo para se proclamar essa liberdade, ainda que não se informem devidamente sobre de que lado está a razão e quais os motivos que originam determinadas decisões. Com o tempo a balaça das opiniões neste caso tem vindo a equilibrar e conforme a poeira vai assentando as pessoas vão olhando para outros aspectos e pormenores do caso que não apenas a bandeira da liberdade de expressão.
Continuarei a acompanhar o caso e receptivo a ser convencido do quer que seja. Mas a manter-se o drama e pouco mais, confesso que será dificil a minha opinião mudar de direcção.
Apesar de manter em aberto a minha opinião sobre o assunto, começo-me a inclinar para acreditar nas motivações que a universidade defende ter. Acontece assim porque vou lendo e ouvindo argumentos de defesa do assistente e dos seus apoiantes que não me convencem. Dizer que nunca a Universidade do Minho deixou de renovar contratos com assistentes por estes ao fim de um certo tempo terem apresentado menos trabalho do que o que era suposto é mentira! A não ser que três casos que eu conheço não sejam de assistentes mas sim de aliens. Também não abona muito a seu favor o facto de querer trocar de orientador e de departamento. Mais nada? Tão bom que era todos podermos escolher em que departamentos trabalhamos e quem manda em nós ou simplesmente nos orienta. Era bom, mas não é assim nem nunca será.
E convenhamos duas coisas: 1 - Ter um capitulo pronto ao fim de dois anos de trabalho, parece manifestamente pouco; 2 - O próprio dizer que espera que esta tarde seja feita justiça, pois caso contrário, deixarei de acreditar na humanidade, nos homens e mulheres que me rodeiam e desaparecerei definitivamente deste mundo, é uma vontade de dramatizar um assunto para lá dos limites. E quando há drama a mais, a razão pode estar em quantidades a menos.
Este assunto tem surgido como uma bola de neve e o seu impacto não pára de aumentar (coisa que virá a ser negativa para ambos os lados, independentemente de quem tem razão). E não me espanta a forma como esse aumento se tem dado pois no nosso país sempre que alguém se defende de algo usando a bandeira da liberdade de expressão, recolhe logo diversos apoios nem que seja só mesmo para se proclamar essa liberdade, ainda que não se informem devidamente sobre de que lado está a razão e quais os motivos que originam determinadas decisões. Com o tempo a balaça das opiniões neste caso tem vindo a equilibrar e conforme a poeira vai assentando as pessoas vão olhando para outros aspectos e pormenores do caso que não apenas a bandeira da liberdade de expressão.
Continuarei a acompanhar o caso e receptivo a ser convencido do quer que seja. Mas a manter-se o drama e pouco mais, confesso que será dificil a minha opinião mudar de direcção.
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24 Comentários:
Nunca tinha ouvido falar desse caso. Mas, também eu conheço vários casos de nao renovação de contrato por falta de cumprimento de objectivos.
cor do sol, mas há quem diga que não, que este é o primeiro caso. mal estávamos se assim fosse...
Não é, porque tive professoras que tiveram que sair por não acabarem o Doutoramento. Outras andavam com a corda no pescoço. Olha, ele até é do Departamento do meu tio, mas ele em casa não fala de trabalho. Certo é, que tem 2 Doutoramentos, é professora na Universidade à muitos anos e nunca ninguém o quis mandar embora. Há pessoas que se esforçam e outras que não. Pelos vistos.
A Universidade do Minho ou, mais propriamente, aquele departamento tem uma forma muito simples de dissipar dúvidas: publicar uma estatística das renovações e não renovações de docentes em doutoramento dos últimos, por exemplo, 2 anos, indicando em cada situação o nº de anos em doutoramento e o nível de produção tido em conta.
Provavelmente o Docente esta aproveitar um onde de censura que existe nesta universidade, uma forma de actuar de há uns anos para cá...Seja qual for o caso o DEpartamentofez borrada quando se intromoteu na existência do blog, e agora puderá até aver um aproveitamentopor parte do docete que se defende, nimguem faz nada e safava-se eu não faço na da e lixo-me.Tlavez a solução fosse todos trabalharam mais bocadinho não? E deixam lás os blog em paz.
cor do sol, exacto, quantos não passaram pelo mesmo quando não conseguiram apresentar resultados...
anónimo 16:58, não é mal pensado. apesar de as coisas não serem assim tão "cientificas", já seria um bom indicador de quem poderá estar mais certo.
anónimo 23:31, "trabalhar mais um bocadinho" é um bom conselho. assim eles o ouçam!
Já tinha lido algo sobre este caso, na imprensa e no blogue Dissidências.
Não tenho opinião formada sobre o assunto em si, porque não conheço o assunto em profundidade.
Mas há duas questões sobre as quais sei alguma coisa:
1º- Tenho um amigo que enquanto fazia o Doutoramento participou em dois programas de TV mais brejeiros, e foi-lhe recomendado que talvez fosse melhor não o voltar a fazer, pelos seus avaliadores. Voltou a fazer, mas acabou a tese a tempo e horas... é docente da Universidade.
Ou seja, por aqui dá para aferir que os Avaliadores (pelo menos alguns) são conservadores e por vezes emitem opiniões sobre as actividades extra curriculares dos seus avaliados... o que, a meu ver, não é correcto, excepto se o avaliado se apresentar como representante da escola ou universidade onde trabalha e não como pessoa singular que está ali para se divertir. No caso desse amigo meu, apresentou-se sempre com o 1º nome dele (nem é o nome académico que usa), sem títulos académicos e como profissão disse que era professor, nem mais nem menos, nunca fez referência à Universidade onde trabalhava, nem ao Doutoramento... e mesmo assim foi "repreendido";
2º- Se o prazo era de dois anos, não me parece boa política alegar e dar como exemplo, os colegas que também não fizeram nada e foi-lhes concedido o adiamento.
Essa é a velha e eterna desculpa de "já vi pior". Não abona nada sobre a capacidade de trabalho do senhor em causa, antes pelo contrário.
Eu sei que cada caso é um caso, e deve ser analisado como tal, mas não compreendo a desculpa, nem a "normalidade" de se desculpar sistematicamente o não cumprimento de objectivos.
Ficam aqui as minhas considerações, já que opinião sobre quem poderá ter ou não razão, sinceramente não tenho.
Desculpa lá o tamanho do comentário ;)
pronúncia, esse teu amigo então serve de exemplo que perante pressões e adversidades, com trabalho é possível chegar-se lá (claro que depende de quem faz as pressões e de que tipo de pressões se fala). apesar de não concordar com essas pressões, é preciso ter em conta que as universidades gostam de coisas como tradição, boa imagem, etc. e as mentalidades das pessoas que as governam normalmente exigem que os seus docentes tenham condutas que não venham a ser alvo de chacota ou sátira do público em geral (coisa que não é o caso do post, diga-se).
quanto ao segundo ponto, nada a acrescentar :)
eu não tenho uma opinião final mas começo a inclinar-me para a universidade, e o mais curioso é que nem é assim tanto pelos argumentos deles, mas mais pelos da outra parte...
nada que desculpar, neste blog não se paga mais por se escrever muito nos comentários ;)
conheço o blog do daniel há alguns anos no Sol.
é deum humor algo violento, ainda mais duro que o meu (mau) humor.
já há muito tempo que ele tem problemas na universidade por causa do blog.
apesar de não conhecer o caso a fundo, estou inclinado que o blog teve um peso grande na decisão.
principalmente umas filmagens feitas há uns anos.
eu acho que este país não é livre, pronto.
Afectas, concordo que a Universidade gosta de tradição, boa imagem, etc. Eu também gosto. Mas o problema é quando começa a haver preconceitos.
Qual é o problema de um blogue humorístico, que pelo que li (não sei se é verdade ou não) era assinado com um nick quando supostamente os acontecimentos começaram e só depois é que o autor assumiu a sua identidade?!
Qual é o problema de participares num programa de cariz mais brejeiro, porque te apetece, mas que pode (e era) visto por crianças?! Só porque era mais popular e menos académico?!
Em que é que estas actividades extra-profissionais podem prejudicar o teu desempenho?!
Uma coisa são os teus hobbies, outra a tua profissão. Convém é não misturar as duas, e saber compartimentar muito bem cada uma delas... apesar de isso por vezes não ser tão fácil de fazer como de dizer.
Isto tudo para dizer que no fundo a Universidade esteve mal se resolveu meter o blogue do sr. ao barulho e o sr. esteve mal por não explicar, com motivos válidos, a não entrega da tese a tempo e horas e apenas se desculpar com "aos outros também deram...".
Atenção, que estou a comentar apenas com base no que tenho lido sobre a questão.
No fundo, parece-me que há aqui uma intromissão numa área pessoal por parte da UM e uma vitimização por parte do queixoso.
Não me parece que nenhum deles fique bem na fotografia. A dúvida ficará sempre, seja quem for que tenha razão.
pduarte, eu só li muito raramente o blog dele e confesso que desconheço esses vídeos que nem sei sobre o que serão (se for os do taveira, já toda gente os conhece pá :P).
eu mantenho em aberto a hipótese de ele ter razão. mas se a tem, que não se agarre a certos argumentos e frases que parecem de quem não a tem.
pronúncia, o blogue era assinado com um nick mas sua foto era conhecida, o seu nome era conhecido e penso que a sua actividade também.
em principio essas actividades não prejudicam em nada o desempenho do trabalho, mas lá está, é a história das tradições e afins.
e todos sabemos como as coisas são... por alguma coisa eu, tu, e tantos outros escrevem na blogosfera de forma anónima. ou achas que podias ter um blog de humor onde fazias piadas sobre o teu patrão e toda gente sabia que a pronúncia era a pessoa x e trabalhava em y? por alguma coisa nós nos escondemos atrás de um nick que nos torna anónimos ;)
a universidade meteu o blog ao barulho, salvo erro, há 2 anos, mas aí manteve-o no cargo. claro que isso pode ter pesado ou até mesmo sido decisivo, mas também pode não ter sido (só com mais dados ou estando na cabeça deles o saberemos).
e sem dúvida que nenhum ficará bem na fotografia. a universidade porque já não se livra da imagem de censura, e ele porque já não se livra da imagem de contestatário que em dois anos apenas apresentou um capitulo da tese. tenha quem tiver a razão!
PS: a este ritmo, se a tese tiver 10 capítulos, quando seria o fim? :P
Se conhecesses os meandros académicos como os conheço, se calhar ja torcias o nariz aos argumentos da universidade. Dois anos de tese de que? Dois anos e só um capitulo? e depois? roma e pavia não se fizeram num dia e há trabalhos que demoram eternidades até se conseguirem resultados que mereçam esse nome. A falta de resultados não tem necessariamente a ver com a falta de trabalho.
Mudar de departamento e orientador, e depois? Há departamentos q são uma merda e orientadores burros que nem portas.
Não conheço o caso e só li as motivações da universidade, que me parecem facilmente contestáveis. E que tal porem na rua esses coiros velhos que não fazem mais nada senão aquecer a cadeira e deixar que os assistentes, alunos e bolseiros façam todo o trabalho por eles?...
Eh pah, motivações de universidades não me convencem...
Desculpe lá senhor nuno ramos, o que é que o cú tem a ver com as calças???????
Ehpah, afectado, desculpa imiscuir-me...mas se já me aborrece a publicidade a blogues, mais me aborrece a que publicita tribalismos... :-p :D
Afectas, não li os primeiros textos do blogue em questão, pelo que não sei se faziam ou não alusão ao seu trabalho, aos seus patrões, ou à instituição.
Se faziam, lamento por ele.
E, apenas nesse caso, já me pareceria aceitável a Universidade pedir-lhe explicações sobre o teor do blogue.
Não me parece ético andarmos aqui nos blogues a denegrir o nosso local de trabalho, nem os nossos superiores ou colaboradores. Afinal, por muito que não concordemos com o que lá se passa, é a casa que nos paga no fim do mês, que mais não seja é a nossa fonte de rendimento para pagarmos a conta da net por exemplo.
Nem sempre é fácil lembrar isso e, muitas vezes acabamos por desabafar de forma menos correcta no nosso espaço.
Tento não o fazer, mais por uma questão de ética do que por medo de perseguição, se bem que tenho a noção que aqui ou ali, lá escapa qualquer coisa.
E sim, concordo contigo, uma das principais razões de usar um nick é sem dúvida nenhuma profissional. Não é a única, mas talvez seja a que mais pesa na opção de anonimato e escolha de um nick.
vani, não conheço os meandros académicos de quase todas as universidades, mas desta em particular vou conhecendo...
no caso não sei se um capitulo em dois anos é muito ou pouco (apesar de me parecer muito pouco), o que sei é que conheço casos de pessoas que não viram o contrato renovado por essa razão. a cor do sol pelos vistos também conhece. eu e ela somos de áreas bem diferentes. portanto o que faz deste diferente dos outros? é que também se pode dar o caso de com a polémica de há dois anos atrás agora ninguém lhe poder tocar sob pena de se falar logo em atentado à liberdade de expressão...
ok, ele quer mudar de orientador e de departamento. também há muita gente que gostaria de mudar de patrão e de local de trabalho. e até de salário, vê lá. mas é assim a vida e as coisas nem sempre acontecem como nos convém.
repito que não sei o suficiente sobre o caso para ter uma opinião definitiva, mas suspeito de quem tem a razão e de quem tentou o quê. o tempo nos dirá.
nuno ramos, de facto parece-me um blogue interessante para sportinguistas. eu não o sou e portanto não serei visita, mas espero que tenha sorte.
espero é que não faça publicidade outra vez por cá. uma vez tudo bem, não me importo de ajudar a divulgar blogues, mas se se tornar repetitivo como outros casos recentes que tive por cá, apagarei os comentários.
boa sorte.
vani, sendo publicidade a blogues normais tudo bem. uma vez passa. se repetir como é habitual nos bloggers que fazem isto é que apagarei.
pronúncia, eu não me dei ao trabalho de ler o blogue para saber sobre quem seriam as piadas, mas algo me diz que algumas terão sido sobre o seu patrão... o estado!
eu uso um nick que me torna anónimo por isso mesmo, para falar mais à vontade das coisas que quero. como sabes se assinasse com o meu nome não iria escrever metade dos posts que escrevo. eu e muitos bloggers pensam assim... porque será?
claro, não o fazes por uma questão ética e parece-me bem. eu também evito faze-lo, apesar de numa ou noutra vez não ter contido a vontade de escrever sobre o assunto. mas se assinássemos com o nosso nome, suponho que aí nem uma virgula escreveríamos sobre quem manda em nós :)
Bem, deixando a parte do blogue de lado, porque não tenho pachorra nem tempo, digo apenas que não acho nada de extraordinário que o assistente "só" tenha conseguido entregar um capítulo da tese em dois anos. Presumo que seja uma tese de doutoramento...e um doutoramento bem feito e aceite pelos pares nem 4 anos a trabalhar a 100% às vezes, quanto mais em 2 anos e a dar aulas ao mesmo tempo...
Não conheço bem o caso, óbvio, mas conheço aflições semelhantes. Foi exigido a todos os docentes e assistentes docentes de universidades e especialmente politécnicos que tirassem um doutoramento, visto que segundo a revisão dos estatutos apenas os doutorados poderão dar aulas de nível universitário.
Vai daí, para evitar mandar TODA A GENTE (na maioria dos politécnicos) para a rua, deram-lhes 3 anos para fazer um doutoramento...ah, e tinham de dar aulas ao mesmo tempo, claro, o horário sobrelotado continuaria. Ora, muitos desses doutoramentos implicam estar num laboratório. Ora, é proibido que alunos (mesmo os de doutoramento) estejam sozinhos num laboratório. Isto, mais o facto de darem aulas, e só conseguem uma manhã por semana para fazer as experiencias necessárias ao trabalho. Experiencias que se podem ter de repetir todos os dias durante um mês,agora imagina isso com uma manhã por semana...
Portanto, sob este ponto de vista, não me admira nada que em dois anos só produzisse um capítulo...mas a verdade é que tb não sei como era o horário desse senhor. E se tinha tempo para um blogue...pois.
E, no entanto, há dezenas de centenas de doutorados com um curriculo cientifico de fazer cair queixos, que está a fazer de caixa no pingo doce, por assim dizer...lutaram, trabalharam todos os dias durante 4 anos...e agora a estes é dada a hipótese de fazer um doutoramento com uma manhã de trabalho por semana?...Lógico que não podem meter toda a gente na rua nem podem dispensá-los das aulas. Mas o que é certo é que o que não falta aí são doutorados mais que habilitados, à espera de um lugar ao sol...
É uma situação complexa e uma faca de dois legumes... :D
Mas é por isso que andam todos a fazer greve. E quem é que se lixa? Os alunos, of course (mais conhecidos por mexilhão ou ganha-pão, se preferires), que viram a época de recurso dos exames ser interrompida...e agora lá vao ter de fazer os coisos em setembro, em vez de ter já tudo despachado.
Mas, a verdade é que é uma situação complicada...não sei como é que vão sair desta, a não ser se derem mais tempo aos docentes para se doutorarem. Mas, se os outros têm de fazer em 4 anos...enfim...é complicado e não se poderá agradar nem a gregos nem a troianos.
E se conhecessem de facto, as razões do departamento? pelo menos as razões invocadas?
Depois de nova entrevista ao Mundo Universitário o departamento divulgou o seu parecer no meio académico.
O parecer está aqui e pode ser baixado
http://www.megaupload.com/?d=XXG5S4KI
parece evidente que prorrogar o prazo por mais dois anos, a quem durante dois anos nada fez no seu doutoramento, é bastante razoável, mais se atendermos às diligências e avisos efectuados pela orientadora.
Se o departamento é bera, mais uma razão para o DL ter andado da perna e não se deixar apanhar na rede.
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