Abstenção que eu aceito
Há uns anos eu achava quase um "crime" uma pessoa não votar. Considerava isso um desinteresse total pelo país, uma desconsideração por todos aqueles que travaram "batalhas" para que o direito ao voto fosse algo que hoje em dia não se põe sequer em causa. Agora olho para trás e rio-me dessa forma que eu tinha de ver as coisas. Já não julgo quem prefere ficar na cama, ir à praia, etc. Não, porque as pessoas cansaram-se dos nossos políticos da treta, de ver escândalos quer à esquerda quer à direita onde quem se lixa são sempre os mesmos. Cansaram-se de ver as campanhas eleitorais encherem-se de promessas que depois só se cumprem as que dão jeito a alguns e pouco mais. Podem-me dizer que essas pessoas então deviam protestar votando em branco. Não era mal pensado, mas na realidade que utilidade tem o voto em branco? Para que contas entra nestas europeias? Mesmo assim alguns de vocês insistirão que devem ir e votar num partido. Mas em qual? Nos que rodam pelo poder e que nos presenteiam com escândalos atrás de escândalos? Nos outros com os quais não se identificam minimamente?
Assim de repente lembro-me de pessoas que há volta de dez anos atrás ainda viviam as eleições com fervor e que agora não sabem sequer se vão votar. Estas pessoas exerceram muitas vezes o seu direito de votar, mas foram vencidas pelo cansaço da incompetência politica que vigora em Portugal. Vão uns, vêm outros, mas a (falta de) qualidade mantém-se.
E não, este não é um post a apelar ao não voto. Eu vou votar e acho que todos deviam votar! Acho igualmente que entre o voto em branco e a abstenção, ainda é preferível o voto em branco como forma de protesto. Mas uma coisa é certa, agora eu percebo algumas pessoas que não votam. Este é um post para isso, para dizer aos que não votam que há quem não recrimine a sua indiferença. Até porque não votar por opção própria é também um acto de liberdade!
Assim de repente lembro-me de pessoas que há volta de dez anos atrás ainda viviam as eleições com fervor e que agora não sabem sequer se vão votar. Estas pessoas exerceram muitas vezes o seu direito de votar, mas foram vencidas pelo cansaço da incompetência politica que vigora em Portugal. Vão uns, vêm outros, mas a (falta de) qualidade mantém-se.
E não, este não é um post a apelar ao não voto. Eu vou votar e acho que todos deviam votar! Acho igualmente que entre o voto em branco e a abstenção, ainda é preferível o voto em branco como forma de protesto. Mas uma coisa é certa, agora eu percebo algumas pessoas que não votam. Este é um post para isso, para dizer aos que não votam que há quem não recrimine a sua indiferença. Até porque não votar por opção própria é também um acto de liberdade!
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36 Comentários:
"Assim de repente lembro-me de pessoas que há volta de dez anos atrás ainda viviam as eleições com fervor e que agora não sabem sequer se vão votar."
O meu pai é um desses :( é triste ver a desilusão dele que tanto lutou e que hoje em dia não acredita em ngm. Eu, pessoalmente, vou votar porque ele sempre me incutiu que era o meu dever e ainda não consigo ir passear sem antes passar pela mesa de voto.
cor do sol, percebo-te, pois apesar de estar a cair de sono também já fui votar, como sempre fiz, na parte da manhã.
quanto a isso do teu pai, percebo muito bem!
Não há nenhum povo neste planeta contente com os seus políticos. Nem no Paraíso os anjos e os justos estão contentes com Deus! :)
Eu voto sempre, pois a abstenção só favorece a Reacção.
Não votar pode ser um "voto" de protesto.
maldonado, é verdade... mas haverá uns mais descontentes ou até descrentes que outros ;)
eu também voto sempre. mas tenho visto pessoas com bem mais idade que eu, que sempre que lhes foi permitido, votaram, e que agora já não vão porque sentem que mudam as máscaras mas a palhaçada é a mesma.
gabriella monferrato, concordo. quanto maior o nível de abstenção, maior é a insatisfação relativamente à classe politica em geral!
Boa análise. Este povo está deprimido, apático, desiludido, não há escândalo nem injustiça que una as pessoas e as leve a exigir o que é seu por direito. Limitamo-nos a reclamar para o ar, a chamar chupistas a todos os políticos e pronto, a nem ir votar... Eu acho que quem não vota também não tem grande direito de exigir. E sou daquelas pessoas que acredita que grande parte do mal deste país não é culpa de quem nos governa mas também culpa própria enquanto povo...
E discordo totalmente com o não voto = descontentamento. Para mim o voto em branco é sinónimo de protesto. O não voto para mim significa preguiça, outros interesses, férias (...).
Olá"!
Acho o acto de votar um dever civico...
Só assim podemos fazer criticas a quem nos governa.
Eu votei, e pela primeira vez...em branco:=(
:=(
Cansei....
Beijocas
Acho que, sendo o voto um dever cívico e um direito, devemos participar activamente, mais que não seja, em branco, nulo...é a única forma de sermos verdadeiramente intervenientes no processo. Hoje, orgulhosamente, o meu filho votou pela 1ª vez.
A abstenção, quanto a mim, justifica-se talvez nas pessoas mais idosas, pelo descontentamento. Os mais jovens, é mesmo preguiça, acho eu...
Sempre votei, e este ano não foi excepção. Mas pela 1ª vez estive durante bastante tempo incluída no lote dos indecisos.
Já fui intolerante em relação à abstenção. Actualmente acho que a omissão acaba por ser também uma opção válida (embora não me imagine a fazê-lo).
Talvez daqui a uns anos venha a pensar como tu, não sei. Para já, não posso concordar com isto.
Se eu abdicar de votar, estou a deixar que os outros tomem as decisões por mim. E isso consegue deixar-me muito mais deprimida do que o acto de reflectir qual o sentido que vou dar ao meu voto.
Além disso, como já escrevi e tu sabes, não votar é, para mim, sinónimo de desinteresse, derrotismo e acomodação.
sara non c'e, se formos ao que interessa, vemos que o voto branco não conta para rigorosamente nada! e mais, é misturado nas contas com os votos mal preenchidos, etc. ou seja, não há contagem de votos brancos mas sim de votos INVÁLIDOS. o sistema desacredita os votos em branco. pelo menos a abstenção é um valor real!
mas, perceba-se, eu também prefiro votar em branco a não votar.
e não se pode fazer a associação facilitista de que quem não vota é preguiçoso ou desinteressado. conheço pessoas que hoje não votaram pela primeira vez na sua vida e que durante a sua vida já votaram muitas mais vezes que eu e tu (devido à idade, como é óbvio). logo não são pessoas preguiçosas ou desinteressadas, são sim pessoas cansadas de ver sempre asneiras sejam de direita ou esquerda, de ver que não há qualidade na generalidade da classe politica e que o voto válido, seja em quem for, trás mais do mesmo ou algo diferente mas que levará ao mesmo no fim.
mjf, outras pessoas cansaram e acharam que estes políticos nem um voto inválido merecem...
ana gg, o problema do voto em branco é misturado com os mal preenchidos e outros, ou seja, nem tem uma tradução estatística fiel.
srraj, estou como tu, não me imagino a faze-lo, mas já não condeno.
maufeitio, mas o voto em branco também faz com que deixes os outros decidir por ti... infelizmente!
Certo. Mas determina uma atitude de protesto. :-)
maufeitio, certo e seria a que eu adoptaria.
Quem sou eu para condenar quem não vai votar?! Pela 2ª vez na minha vida de eleitora (e já lá vão uns anitos), não fui votar, mas sinceramente pesou-me na consciência, apesar de saber que o meu voto seria Branco.
Os Brancos não servem mesmo para nada, mas para quem lhes quiser fazer a leitura, são a única forma de protestarmos contra a classe política que temos.
Facto relevante, pela 1ª vez vi na televisão os brancos não aparecerem juntos com os nulos, mas alguém reparou que a sua percentagem DUPLICOU relativamente à 5 anos.
Só mais uma coisa para terminar, a contagem dos votos brancos não é feita em conjunto com os nulos. Também pensava isso, mas não é verdade. Se bem que no fundo o resultado é praticamente o mesmo.
Apesar de tudo, continuo a defender que devemos sempre ir votar... antes de ser um direito, é um DEVER! (contra mim falo)
pronúncia, também reparei que apareceram mesmo os brancos! já é qualquer coisa...
eu defendo que o protesto melhor é votando em branco. apenas digo é que agora eu percebo quem decide nem ir votar. é muito cansaço acumulado de incompetências de muitos políticos!
eu prefiro pensar no voto como um direito. e cada um, decidindo livremente, o exerce ou não.
A diferença entre o voto branco e a abstenção é que a abstenção pode derivar de multiplos factores ao invés que em branco tem dois motivos somente: a indecisão ou a certeza de não se querer votar em ninguém.
Mas pelo menos já sei em quem votarei nas legislativas...
"sara non c'e, se formos ao que interessa, vemos que o voto branco não conta para rigorosamente nada! e mais, é misturado nas contas com os votos mal preenchidos, etc. ou seja, não há contagem de votos brancos mas sim de votos INVÁLIDOS. o sistema desacredita os votos em branco. pelo menos a abstenção é um valor real!"
Afectado, os votos em branco só são equiparados a votos nulos nas eleições presidenciais. Fora disso não compares votar em branco com quem faz um desenho no boletim!
"pelo menos a abstenção é um valor real!"
Real de quê? De quem não vai votar porque está desiludido com o sistema? Ou de quem está deslocado e não pode votar? Ou de quem não foi porque está frio/calor/assim-assim/não me apetece/fico a ver TV? Um voto em branco eu sei o que significa. Abstenção é o voto menos real que eu vejo ali...
treze, sim, quando distinguem os votos brancos dos nulos e outros do género, tudo bem!
sara non c'e, tinha lido que era assim. pelos vistos o texto que li estava errado! a não ser que tenha sido a primeira vez que o tenham feito assim nas europeias.
Segundo julgo, vivemos numa democracia. Mentira, obviamente. Mas uma das poucas liberdades que temos ainda é a de voto. Ou abstenção. Quem é cada um de nós para aferir os motivos pelos quais um cidadão opta por não votar?
Quem nos dá esse direito? Se uma pessoa não quer votar, porque não se revê nos partidos, porque está deslocado, ou simplesmente porque está frio, isso é uma decisão que lhe cabe a ela fazer e a nós cabe-nos o não censurar seja o que for. As pessoas ainda são livres de decidir aquilo que é mais importante para elas. Pode até nem ser, mas devemos respeitar a sua opinião. Vejo aqui muita gente censurar quem não vota. 60% dos votos válidos foram para os suspeitos do costume, ou seja, presumivelmente, 6 em cada dez dos comentadores votaram na mesma merda em que nos atolamos, já que todos foram votar! Mas amanhã ninguém foi...
cirrus, exactamente, liberdade de votar ou não!
referes uma coisa interessante. quando o sócrates ganhou, várias pessoas que conheço me disseram ter votado nele. hoje, já não os ouço dizer À boca cheia que votaram nele. deve ter sido com os votos de outras pessoas que ele lá chegou.
Lamento, mas eu sou livre de censurar. Tal como censuro quem decide que tem a liberdade de deitar lixo para o chão e depois manda bitaites para o ar sobre como está suja a cidade. Sou contra a obrigatoriedade de voto (como já vi o tema ser lançado por causa da taxa absurda de abstenção), mas não compreendo um país onde mais de 60% das pessoas nem se dá ao trabalho de votar...
As pessoas não se revêm nos partidos nem nesta campanha de insultos e muito pouca Europa? Vão lá e votam em branco. Não votam porque não estão para se chatear com os seus próprios interesses mas depois reclamam contra tudo? Pura e simplesmente não percebo.
Sara
Provavelmente não percebes porque ainda não tiveste tempo para isso. Se tivesses votado 35 anos e nada tivesse mudado, talvez pensasses de outra forma.
Espero que não penses que vais mudar o mundo. Contenta-te apenas em que, como me aconteceu, o mundo não te tenha mude a ti.
Censuras quem não conheces, e nem te dás ao trabalho de tentar entender as suas razões. Censuras porque pensas estar certa, e talvez estejas, para ti. Como sabes que o que te parece tão lógico é assim tão lógico para os que te rodeiam?
Foste votar? Também eu. O que mudou? Nada. Isso que te diz? Não te parece que há muitos desiludidos com esta pseudodemocracia? Ou pensas que moramos todos no paraíso? E os desempregados, com os filhos a passar fome, achas que têm vontade de votar? E os trabalhadores comuns, que tantas provações passam na sua vida? Pensas que têm vontade de votar? E os que simplesmente se estão nas tintas para todos eles, não têm o direito de não votar? Então que raio de democracia advogas tu? Uma em que todos tenham de ser iguais? Politicamente correctos? Talvez um dia te apercebas que o nosso voto não conta para nada, talvez um dia alguém te consiga explicar como funciona este sistema. Podes votar toda a vida, nada vais mudar com isso. Se eles deixassem isso acontecer, acabava o sistema.
Pensa nisto: porque achas que na Europa não surgem fenómenos de alternância como aconteceu no Brasil ou na Venezuela? (e não estou a dizer nem bem nem mal destas alternâncias, atenção!)
Cirrus,
Tudo o que escrevo é uma opinião, a minha. Não impinjo verdades absolutas a ninguém, não afirmo estar certa. Aquilo que expressei é a minha opinião. Pode ser que mude!
E não ignoro as várias razões que podem levar alguém a não votar. Apenas reservo-me o direito de não concordar/não compreender algumas (já expressei aqui, não vale a pena repetir).
Acho que para além de desilusões com o sistema (eu tenho 22 anos e não acredito no sistema, sinto-me impotente, sinto-me um peão insignificante para quem tem poder, sinto-me frustrada com o desemprego e vejo injustiças todos os dias, mas fui votar), acho que é uma questão cultural. Não há crise na Bélgica? E na Itália, cujos escândalos sobre Berlusconi são diários? Porque é que lá as pessoas foram votar? Algo precisa mudar na política portuguesa e não muda porque isso não convém a quem tem poder para o fazer. Mas acho que a mudança também podia ser impulsionada pelo povo...
Para terminar: talvez no fim da vida eu me aperceba que o meu voto não contou para nada, mas pelo menos contribuí para alguma das percentagens ideológicas contabilizadas no fim de cada eleição; ter-me-ei pronunciado, ainda que ninguém tenha ouvido; em vez de ficar misturada entre uma percentagem enorme de pessoas que não se sabe bem o que pensam...
Sara
Tu escreveste: "Lamento, mas eu sou livre de censurar."
Ninguém é livre de censurar. Isso é atitude de imposição, isso é atitude de quem quer que todos os outros sigam a sua opinião.
"Censurar" tem o significado que tem e foste tu quem a escreveu e não eu.
Neste último post, quando escreves que é a tua "opinião", então aí, tudo bem, já nos entendemos e podemos conversar de forma civilizada.
Mas começar um comentário com "sou livre de CENSURAR"... Levas-me a discutir o assunto e não a debatê-lo. Mas já vi que escreveste "da boca para fora " e não terá sido o que realmente sentias. Tudo bem, estou aberto ao debate, se expressas opiniões e não censuras.
censurar
v. tr.
1. Exercer censura sobre.
2. Criticar.
3. Condenar.
4. Repreender
Sara
Precisamente.
Vê lá se aparece:
Opinar;
;)
A critica, quando bem fundamentada, é uma forma saudável de discussão ;) sem imposições.
Pois sim, critica lá o que quiseres, estás em excelente idade para isso! E quando toca a crítica, sempre podes contar comigo para ajudar à festa...
;)
Agora, a palavra "censura", se calhar, pela tua idade, não te diz nada mais do que "crítica". Mas em Portugal, para gerações um pouco mais velhas, quer dizer muito mais. Não a uses de ânimo leve, peço-te.
Voto, e votei sempre, para as eleições nacionais. Mas recuso-me a fazê-lo para as europeias. Por dois motivos.
Quem tem alguma memória, lembra-se do modo como, há 20 anos atrás, as pessoas que acusavam os burocratas e tecnocratas da CEE (e os financeiros e banqueiros que os apoiavam) de estarem a montar uma federação europeia centralizada, e centralizadora, eram denominadas de 'teóricos da conspiração'. A versão oficial é de que isso não existia.
A única intenção era uma federação de mercados, e não um sistema político centralizado. Ninguém queria uma união política transcontinental. Esse afinal seria o modelo que tinha sido partilhado ao longo de décadas, por duas facções:
- os socialistas fabianos/eugenistas, e a sua contraparte soviética, os trotskystas e os estalinistas;
- e os intelectuais, industrialistas, e banqueiros, de extrema direita.
Portanto, era impensável. Ninguém iria trazer esse modelo político para a europa. Era uma teoria da conspiração. E, as pessoas que tinham lido o Tratado de Roma, e que se mantinham realmente informadas sobre o mundo em que viviam, eram esquizofrénicas.
Pois.
A partir de páginas tantas, afinal a federação centralizada já existia, mas afinal era boa.
Era bom termos um governo europeu autocrático, não eleito, e não-vetável, na forma da comissão europeia.
Era bom 90% da legislação dos estados soberanos ser decidida pelas super-burocracias de estilo soviético em Bruxelas.
Era bom essa estrutura estar a espoliar os contribuintes da europa central, para manter o sul da europa satisfeito; enquanto, por detrás, eram assinados os tratados GATT com a OMC, a exportar toda a indústria e toda a produção para outros países (custos das deslocações pagos pelos europeus). Deixando as economias europeias à tona, a nadar em lixo financeiro especulativo, como os derivativos.
Foi bom termos perdido a nossa soberania e a nossa independência económica, e estarmos agora à beira de uma depressão, com a UE e os governos locais a darem a pouca riqueza que resta aos banqueiros, que a vão depois investir em bens reais na China e no Brasil.
Mas nós temos os iPods e o lixo financeiro, os esquemas em pirâmide da banca. Podemos alimentar-nos das nossas notas de dívida, se um dia chegar a tal.
Ah, mas tudo isto era uma teoria da conspiração, apesar de ter sido previsto há décadas. E a UE até nos dá opção de *voto*. Podemos aquiescer à existência do admirável mundo novo europeu, votando para o organismo mais inútel e desapoderado em toda a estrutura - o parlamento europeu. Que decide sobre coisas tão nobres e relevantes como as taxas que vão ser cobradas sobre as sardinhas no ano seguinte. E que carimba as decisões que são tomadas pelo resto da estrutura.
E é claro, no nosso país de marxistas de armário, que infelizmente nunca puderam experimentar todo o amor do estado colectivista, todos os nossos partidos são entusiasticamente pró-europeus. Ou seja, pró-perca de soberania e pró-perca de independência. Pró-perca de indústria e produção. É *competitividade*. Só é chato é que a competitividade tenha sido toda definida por tratado, e paga por nós. Pois. Não houve competitividade.
A única excepção é, tristemente, a dos idiotas da extrema-direita, que nem sequer se lembram dos seus antecendentes ideológicos, fortemente pró-europa *unida*.
Agora, eu nunca aquiesceria voluntariamente a este tipo de jogo de decepção, votando nalgum dos candidatos; ou, sequer, votando em branco - isso seria dizer que até aceito a existência do sistema, mas estou desapontado com as várias opções que me são dadas.
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