sexta-feira, maio 16, 2008

Conversas III

O que fazer quando um antigo amante volta à nossa vida? Que limites conseguimos impôr a nós próprios no que diz respeito a quem tanto mexeu connosco? Ignorar a presença um tanto incómoda do nosso passado não é tarefa fácil. Até porque o nosso passado faz parte de nós.
Eu tenho uma certa dificuldade em me separar dele. Se por um lado acho importante não o fazer ( esquecer o passado é meio caminho andado para o repetir...), por outro lado a carga emocional que se ganha com o passar dos anos pesa como o raio! É inevitável termos de fazer uma certa selecção no que respeita ao que fica connosco ou ao que vai para o lixo emocional. Os amantes surgem nesse limbo.
É tentador lembrarmo-nos do que a relação teve de melhor. As coisas más tendem a esbater-se com o tempo e a distância. Mais tentador ainda é querermos ser amigos dessa pessoa que já foi tão especial para nós. Tentar salvar qualquer coisa do que de certeza acabou tremendamente mal... E mantermo-nos frios nessa resolução? Mantermo-nos afastados do que já tinhamos sentido antes?
A distância entre a amizade e a paixão é tremendamente fina. A menos que a pessoa em questão tenha tido um problema hormonal e nos apareça inchado que nem um porco de feira premiado...Aí as hipóteses de uma amizade se manter existem...Fora este pequeno pormenor, ainda não consegui a fórmula mágica. De cada vez que o tentei, as coisas deram para o torto. Voltou a triste sensação de posse, voltaram as confusões e discussões, voltou o desapontamento e a dor. E para terminar a coisa em bom, vem o sentimento de estupidez máxima por ter deixado isso acontecer. È um raio de um ciclo vicioso!
Ainda assim, e depois de toda esta sabedoria ganha a muito custo, a tentação está lá, viva e a recomendar-se a altos berros. A única coisa que posso fazer é esperar que todos esses amantes que por aí andam a passear se mantenham longe. E no caso de isso não acontecer, que me apareçam feios, porcos e maus... especialmente muito feios...
Texto escrito pela oh pa.


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4 Comentários:

M disse...

Bem... é uma valente m*rda quando voltam antes de darem tempo de uma pessoa os esquecer. E o mal é que adoram fazer isso. Vai não vai... "Ah e tal, não estou preparado mas tb não consigo viver sem ti, etc etc etc" Tudo para nos manterem em banho-maria. Só que uma pessoa já vai aprendendo, não é? Porque, eu sou directa nisso: dou todas as oportunidades e mais alguma, ponho tudo em pratos limpos (ou tento). Não quis aproveitar? Há um dia que me farto de tal modo que depois, nem que venha de joelhos me amolece. É que quando se transforma em indiferença torna-se quase impossivel voltar a ter valor.

afectado disse...

"A menos que a pessoa em questão tenha tido um problema hormonal e nos apareça inchado que nem um porco de feira premiado...Aí as hipóteses de uma amizade se manter existem..."

O pior é se do outro lado também desejam isto :P

Anónimo disse...

ehehehe não me digas que gostas de porquinhas premiadas afectado... Aí está um lado teu que desconhecia lol

Concordo contigo Allie: chegando à indiferença já não há volta atrás. Sentimento potente...

Anónimo disse...

Bem 10 quilos já foram , faltam 7 , o mais chato é quando o ex amante poder vir a ser o actual amante ou o actual simplesmente poder ser o ex.Resume-se no entanto pelo texto a uma questão de peso , o que pode ser grave porque sempre quis ter uma badochazinha para apertar mas o destino não quis ou então trocou -me as voltas.A ver se voltam os 7 quilinhos...

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