A velha guarda
As pessoas que se julgam em alguma coisa melhores que os outros apenas porque sim, na realidade não o são ou pelo menos não o sabem ser. Isto acontece muito nas pessoas com mais idade em relação às mais novas. Claro que há pessoas que superam as outras muito por força da experiência adquirida, dos momentos vividos e experimentados em conjugação com um valor real que de facto têm. Isso nota-se a diversos níveis, como por exemplo o profissional onde quando temos a sorte de trabalhar com alguém assim ainda no inicio da nossa carreira sentimos que a nossa aprendizagem é potenciada de forma significativa.
Mas também existem aquelas pessoas que pensam que a experiência, por si só, lhes dá uma opinião ou postura mais admirável ou respeitável que as das pessoas não tão experientes. A experiência é valiosa quando associada a valências (sejam sociais, cognitivas, ou de qualquer outro género). Quem se tenta afirmar puxando da idade ou do chavão da velha guarda, está obviamente a tentar uma fuga para a frente pois não tem mais nada a que se agarrar. As pessoas experientes que realmente têm valor não se tentam afirmar pela idade ou pelo chavão já referido, afirmam-se pelo real valor em causa.
É como alguém dizer que algo está mal apenas com a justificação de que faz de forma diferente há muitos anos. Quando o argumento é esse, a resposta mais adequada será dizer que então faz isso mal há muitos anos. Como é óbvio, se essa pessoa tivesse algum fundamento para dizer que o algo estava mal, então iria direita ao ponto, seria objectiva e não puramente fogueteira.
E são coisas que se possam comparar a este exemplo que separam as pessoas que se julgam da velha guarda, afirmando-o sem sentido, daquelas que realmente têm algo da velha guarda em si, se sentem valorizadas por isso, mas que se afirmam pelo seu valor e não por chavões leigos e bacocos.
Mas também existem aquelas pessoas que pensam que a experiência, por si só, lhes dá uma opinião ou postura mais admirável ou respeitável que as das pessoas não tão experientes. A experiência é valiosa quando associada a valências (sejam sociais, cognitivas, ou de qualquer outro género). Quem se tenta afirmar puxando da idade ou do chavão da velha guarda, está obviamente a tentar uma fuga para a frente pois não tem mais nada a que se agarrar. As pessoas experientes que realmente têm valor não se tentam afirmar pela idade ou pelo chavão já referido, afirmam-se pelo real valor em causa.
É como alguém dizer que algo está mal apenas com a justificação de que faz de forma diferente há muitos anos. Quando o argumento é esse, a resposta mais adequada será dizer que então faz isso mal há muitos anos. Como é óbvio, se essa pessoa tivesse algum fundamento para dizer que o algo estava mal, então iria direita ao ponto, seria objectiva e não puramente fogueteira.
E são coisas que se possam comparar a este exemplo que separam as pessoas que se julgam da velha guarda, afirmando-o sem sentido, daquelas que realmente têm algo da velha guarda em si, se sentem valorizadas por isso, mas que se afirmam pelo seu valor e não por chavões leigos e bacocos.
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13 Comentários:
E aquele velho argumento do "isto sempre se fez assim!" uiiiii até me mordo toda.
:)
Estamos sempre a aprender seja em que idade for, quem nega isto não vive, vegeta...
Abracinho
Não há dúvida nenhuma que a idade dá experiência, mas isso só não basta, e quem pensar que sim está completamente enganado.
Então nos dias de hoje, o mundo não se compadece de quem deixa de aprender e confia apenas naquilo que adquiriu...
Mas não te esqueças que há o reverso da medalha... também há a "jovem guarda" que pensa que sabe tudo sobre tudo... especialmente quando acabam um curso e começam a trabalhar. Já assisti a situações tão tristes como as que fazem os "velhos do Restelo" quando dizem que a idade é um posto e é assim porque sim.
O importante é aprendermos uns com os outros. Já aprendi imenso com pessoas bem mais velhas que eu, assim como já aprendi algumas coisas com pessoas mais novas... o importante é mesmo isso, trabalhar em conjunto para um mesmo objectivo e aproveitando ao máximo as valências de cada um e aquilo que de melhor têm para oferecer!
maria manuela, exacto, mais ou menos o que referi no penúltimo parágrafo.
maria teresa, exacto!
pronúncia, claro, é fundamental todos terem consciência que podem sempre aprender mais, sejam da nova ou da velha guarda.
mas pensarem que são mais respeitáveis só porque são da velha guarda, é ridículo. pessoalmente, desprezo bem o valor de quem se tenta afirmar com o argumento da velha guarda. que se afirmem pelo valor é uma coisa, por serem da velha guarda, então que acordem para a vida que já é tempo...
Excelente apontamento.
Infelizmente, costuma dizer-se que a idade é um posto. Nada mais errado. É a competência e o profissionalismo que definem isso, nada mais.
No meu trabalho também tenho desses fogueteiros...
Na minha área não há gente muito velha, mas isso que dizes é verdade.
Mas quando há a intersecção entre novos e velhos, podem aprender muito uns com os outros.
Afectas, plenamente de acordo, como aliás já afirmei. Apenas ressalvei o contrário, porque também existe e também é ridículo...
dylan, há disso em todo o lado!
loira, concordo plenamente.
pronúncia, certíssimo, é mesmo muito ridículo!
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