Gestos

Hoje no trânsito presenciei a um gesto simples mas que pouca gente (quase nenhuma mesmo), eu incluído, teria feito. Numa rua em calçada havia um paralelo, como é vulgarmente denominado, levantado e pousado em cima de outro sensivelmente a meio da via. Quem ia no meu sentido não tinha que se preocupar, quem vinha no sentido contrário facilmente o evitaria sem ter que fazer manobras mirabolantes. Contudo, para um condutor que fosse menos atento e passasse por lá o seu carro, os estragos podiam ser bem chatos. Com certeza o paralelo já estaria ali pelo menos há um dia e estaria mesmo para ficar. Mas houve um senhor que parou o seu carro atrás dessa zona, interrompendo o trânsito, saiu do mesmo e com as suas mão foi colocar o paralelo no seu devido lugar. Entrou no carro e seguiu o seu caminho. Com este gesto ele não salvou o mundo, nem ajudou em nada a resolver o problema do buraco do ozono, mas o que é certo é que ele que viu aquilo e portanto iria evitar problemas para o seu carro teve uma preocupação que milhares de pessoas que ali passaram não tiveram... preocupou-se com algo que não o iria afectar, mas que poderia trazer problemas para terceiros. Simples, mas significativo.