domingo, janeiro 11, 2009

Querido...

Há uns tempos comecei a ler umas coisas sobre um tal de Paulo Querido. Aparentemente era um supra sumo de blogs e outras coisas que tal. Supra sumo porquê? Porque escreve há muito na net e muita gente pensa que a blogosfera é uma monarquia ou uma merda qualquer parecida, do género "cheguei cá primeiro, portanto eu percebo disto e as outras pessoas só vieram estragar o que era bom". Pois bem, quando leio Paulos Querido, Rititis, Pachecos Pereira e outros exemplares do género vomitar coisas sobre a blogosfera como quem diz que esta está estragada porque agora toda gente tem um blog, toda a gente vem para aqui dizer umas baboseiras (se eles lessem o meu blog então até se matavam de tantas que me saem), apetece-me dizer "vai-te foder". Não digo porque sou educado e, dizem, cordial (engano tão bem).

Mas isto para quê? Não sei como fui ter a um post do Querido (que além de escrever um blog e publicar umas coisas sobre blogs e net, não sei que mais faz, se é que faz) em que ele escreve umas coisas supostamente inteligentes sobre o regime de excepção que o governo queria aplicar ao Código dos Contratos Públicos (para quem não sabe o que é, que leia isto e procure no google mais coisas sobre o assunto que as crianças de 4 anos já fazem isso).

No meio de um texto cheio de palavras mas com pouca coisa de jeito, saltou-me este parágrafo à vista:
Na adjudicação directa (um mau termo, uma vez que indica, erradamente, que não há lugar a um processo negocial) há uma maior proximidade entre as partes, com benefícios. Se algo não está a correr a contento, telefona-se à parte. Se o preço derrapa, renegoceia-se logo, sem ter de esperar pelo fim do contrato.

Eu no fundo gostava de ser como o Querido, ou seja, viver no país das maravilhas e acreditar em fadas e tudo mais. Não sei que conhecimento de causa ele tem, mas certamente é nenhum. Só alguém que viva num mundo à parte é que pode acreditar que a adjudicação directa é positiva (na perspectiva do país).

Com isto cheguei à conclusão que tudo o que li sobre este senhor afinal tinha um certo fundamento e só pecava por defeito.


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12 Comentários:

ipsis verbis disse...

no texto do Fofo-Querido, no meio de tanta frase, esta quase que me atirou ao chão:
"pensar isolado não é coisa que me aflija."
Ahahah! Deve pensar que é um incompreendido hoje, um visionário amanhã.

é um bocado pedante o senhor Amor-Querido, não é?

afectado disse...

é.

Anónimo disse...

Com iluminados destes não há dúvida que o país vai para frente...

Bruno Fehr disse...

O Paulo Querido é uma besta, já o disse e repito e se o vir na rua dou-lhe um pontapé!

Pronúncia disse...

Li o texto do Sr. Paulo Querido e também a mim a frase que mais me chamou a atenção foi exatamente a mesma que a ti.

Toda ela, demonstra que o Sr. não faz a mínima ideia do que está a falar:

1º “na adjudicação directa (um mau termo, uma vez que indica, erradamente, que não há lugar a um processo negocial)” – acontece que uma adjudicação é SEMPRE directa.
A adjudicação é o acto pelo qual o órgão competente para a decisão de contratar aceita a única proposta apresentada ou escolhe uma de entre as propostas apresentadas. (ponto 1, do art 73º, do DL18/2008 de 29 de Janeiro). Ou seja a adjudicação é SEMPRE FEITA A APENAS UM CONCORRENTE. O que o Sr. deveria querer dizer era no Ajuste Directo, aqui sim, a entidade contratante escolhe à piori a quem vai adjudicar e com quem vai fazer o contrato, sem ouvir ou analisar outros possíveis concorrentes, mas isto é um PROCEDIMENTO e não uma ADJUDICAÇÃO.

2º “há uma maior proximidade entre as partes, com benefícios. Se algo não está a correr a contento, telefona-se à parte. Se o preço derrapa, renegoceia-se logo, sem ter de esperar pelo fim do contrato.”
Pela frase depreendo que a empreitada JÁ ESTÁ A DECORRER. Se assim for HÁ SEMPRE PROXIMIDADE ENTRE AS PARTES (ou deveria haver) e se algo não estiver a correr a contento É SEMPRE POSSÍVEL telefonar à parte e RENEGOCIAR LOGO.
Todo e qualquer preço que não esteja previsto no contrato inicial deve ser previamente negociado entre as partes.

O Sr. baralha completamente conceitos diferentese que ocorrem em fases diferentes.

Quando alguém decide fazer uma obra a primeira coisa a fazer é escolher o PROCEDIMENTO (ajuste directo, concurso público, etc,) pelo qual vai escolher o executante. Só depois daquele realizado ADJUDICA. E só após a adjudicação é que é feito o CONTRATO.

Pedro disse...

Nunca tinha ouvido falar nesse tal não-sei-quê-chupa-o-meu-que-é-querido.

Mas se isto é uma monarquia então isso coloca-me na plebe!

E quem é o Rei?

afectado disse...

ap, ainda bem que a opinião deste gajo não conta para nada. quer dizer, acho eu que não conta.

afectado disse...

bruno, se o vires, dá-lhe dois e diz que um foi por mim :)

afectado disse...

pronuncia, já sabia que não teria nada a acrescentar ao teu comentário mesmo antes de o fazeres :)

afectado disse...

charmoso, a plebe somos todos nós!

rei? pacheco pereira, querido ou outro do género com a mania...

PDuarte disse...

deve ter um familiar directo que é empreiteiro, ou então dá-se bem com o Mário Lino.

afectado disse...

pduarte, ou até com o coelhone :P

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