domingo, janeiro 18, 2009

Em plena campanha

Sócrates diz querer a maioria absoluta e promete um referendo à regionalização e defende o casamento entre homossexuais. Já deu para perceber que acharam piadas aos referendos para dar uma imagem que o povinho também manda. Mas vai-se a ver e fazem-se referendos até que a sua vontade vença. Foi assim com o aborto, será assim com a regionalização. Relativamente ao casamento entre homossexuais, é uma clara aproximação à esquerda que não passa de jogada para os votos. Porque se ele quisesse, a maioria do PS na assembleia da república mais os clientes do costume desta causa, PCP e BE, garantiriam a vitória da dita. Tendo em conta as possibilidades de escolha que temos para as legislativas, das duas uma: ou voto em branco, ou fico a dormir de manhã e à tarde vou ao cinema.


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16 Comentários:

Pronúncia disse...

Só demagogia.

E ainda há quem acredite nele. A mim ele nunca me enganou, nem engana.

Estou como tu, o mais certo é o meu voto ser Branco. Mas ir votar, lá isso vou, só se for mesmo impossível, é que deixo de ir votar.

(Sobre este assunto, já respondi no meu canto à questão que lá deixas-te).

afectado disse...

para mim o pior é olhar para as alternativas e não me conseguir virar para nenhuma. miséria de políticos que nós temos!

(eu vi)

Pronúncia disse...

Bem vindo ao clube!

Dantes havia ideologias políticas, agora só há políticos sem idiologias. É tudo uma massa que se confunde e já ninguém sabe quem é que defende o quê (eu pelo menos não consigo).

É tudo igual ... Carreiristas Políticos! Nada mais, nada menos!

afectado disse...

agora defendem o próprio bolso e o dos amigos!

Anónimo disse...

Em pequena não percebi nada dos assuntos de política, achava que era por ser pequena...Agora cada vez entendo menos, e já estou maior.Lol
A meu ver, isto virou um jogo entre políticos em que, não interessa o que se diga ou faça (ou não se faça), o que importa é arranjar votos e ganhar. Passam a vida a criticar uns aos outros; são capazes de defender uma ideia, mas se a oposição também a adopta, já ficam do contra. Vai se lá entender...No que respeita às novas eleições, para o novo primeiro ministro (ou para ficar o velho ministro) sou da opinião que devemos exercer o nosso poder de voto (mesmo que seja em branco). conseguimos nos libertar da ditadura, devemos honrar as gerações passadas que lutaram por isso. Quanto à minha opinião sobre quem será indicado para o cargo de primeiro ministro, não digo em quem votarei, mas digo que não será no Sócrates. No entanto, acho adequado que seja ele a ganhar (mas não por maioria absoluta). A alteração de um governo nesta altura de crise será uma problema ainda maior para o nosso país. Seria cortar o plano de acção contra a crise, deste governo, e a implementação de um novo plano por outro (governo). Isso implica muita perda de tempo, muitas confusões, e provavelmente nenhuma vantagem para nós. Só mesmo por isto que acho que ele deve continuar lá; se fosse outra situação, nem colocava esta hipótese. (mas mesmo assim não vou votar no Sócrates)
Bjss ("De uma loira")

afectado disse...

de uma loira, as gerações passadas lutaram pela liberdade. nisso estava incluído o direito ao voto. mas repara, liberdade é tu decidires se vais votar ou não... quem não vai, não desonra quem lutou por esse direito. contudo eu também sou a favor do voto mesmo que em branco. por isso votei sempre até agora (apesar de cada vez ter menos vontade).

no dia em que o voto em branco tiver uma correspondência em lugares de deputado em branco, vais ver que deixa de haver tanta gente a não ir votar, e passa a haver muitos mais votos em branco!

eu percebo isso que defendes da continuidade do governo, porque no fundo andamos sempre a mudar, eles mudam as medidas para dizerem que são diferentes e no fim os resultados são a merda do costume. o que eu me começa a parecer é que este governo não tem nenhum plano contra a crise, e sendo assim, continuar com que plano?

não tendo maioria também não sei se será um governo viável. como as coisas estão só terá hipótese de se juntar ao pp, mas será que isso terá grande hipótese de sucesso?

e para que não se pense que vou votar neste ou naquele, reafirmo que nesta altura o mais provável é votar mesmo em branco.

Anónimo disse...

Acho que inclui tudo no mesmo saco. Referia-me aqueles que não vão votar (que se esquecem de quem lutou), aqueles que nem se dão ao trabalho de ligar alguma a esta coisa de política. Muitos simplesmente ignoram as eleições, não sabem as propostas dos vários partidos; simplesmente não se dão ao trabalho e não votam. Claro que depois tem aqueles que ouvem, ponderam, e decidem não votar.
Isso dos votos em branco influenciarem o numero de deputados na assembleia, até acho uma ideia interessante, o problema é que corríamos o risco de acabarmos com nenhuma deputado lá dentro e isso também podia ser um problema (deixaria de me divertir com os debates da assembleia que dão muito que rir).
Quanto ao plano anti-crise deste governo, eles têm um plano que é investir e criar oportunidades de investimento. Se será viável? Não sei...isso implica sair muito dinheiro dos cofres do estado para investir, não sei até que ponto o nosso cofre aguenta esses investimentos. Pelo que vejo, ou outro partidos propõe como forma de combater a crise, reduzir impostos e aumentar os subsídios. Bem, entre os dois, não sei qual é o melhor plano. Das duas forma sai dinheiro do estado. São ideias completamente diferentes, mas não sei qual terá melhor resultado. Um ensina como "andar", o outro leva ao "colo" (um dá trabalho e dinheiro, outro dá apenas dinheiro).
Quanto à maioria, sou da opinião que nenhum governo deve ganhar por maioria absoluta. "Cresce-lhes o rei na barriga"; convém que haja "travões".(Não quer dizer que seja bom em todas as situações...)
Bjss ("De uma loira")

afectado disse...

de uma loira, com essa distinção já te dou razão. realmente há pessoas que não votam porque nem sequer se interessam minimamente no que se passa na politica, que, gostemos ou não, é indispensável!

eu por norma seria favorável ao criar condições para investir. mas onde vai o estado buscar dinheiro, se não tem dinheiro? há milhares de empresas prestes a fechar (algumas já fecharam) porque o seu principal cliente não lhes paga um cêntimo à meses! e quem é esse principal cliente? o estado!

isto é tudo muito estranho, deixam-se falir umas empresas não lhes pagando, e dá-se dinheiro a outras para crescerem ou pelo menos não falirem? que critérios usam para isto? é pelo número de afilhados?

tendo em conta a forma de fazer politica em portugal, eu tenho sempre mais esperança nas maiorias. isto porque em portugal pertencer à oposição é simplesmente estar sempre do contra em relação ao governo (tenha-se ou não razão). não se faz politica de forma séria por cá. não se faz politica de uma forma profissional, é tudo à procura dos tachos.

tens o exemplo do armando vara que ainda estes dias por aqui escrevi. como esse há muitos, seja em que partido for!

estás a puxar-me pela língua :)

Anónimo disse...

De onde o dinheiro sai (ou então não sei como tu dizes) isso já não sei; poderá vir da UE que seria para outro tipo de investimentos...sinceramente não sei. Mas ele tem saído para apoiar bancos quase a falir e mesmo empresas automóveis.
Concordo que não deveria ser apenas para grandes empresas, mas são elas que têm oferecido mais garantias; mais facilmente vai um pequena ou média empresa à falência que uma empresa grande e bem estruturada. São meras apostas em sítios onde o risco é menor. Com pouco dinheiro, é precisa saber onde o colocar. (Mas claro que é injusto)
Isso da oposição foi sempre assim...infelizmente a filosofia política foi sempre esta. Mas, ter uma oposição, por muito parva que seja, poderá sempre ajudar no desenvolvimento de ideias e soluções melhores; ideias que são postas em causa são sempre melhoradas e mais sustentadas. Caso contrário, as ideias criadas seriam logo aplicadas em antes serem alvo de avaliação e crítica directa.
(decididamente eu não me consigo controlar, e escrevo muito...estás a ficar como eu...ou não...;) )
Bjss ("De uma loira")

afectado disse...

de uma loira, o ajudar umas e não outras, eu aceito. se não dá para ajudar todas, ajudem-se algumas então.

mas o que eu disse é que algumas prestaram serviços ao estado e não receberam. ora isso não se pode chamar 'não ajudar' mas sim ser caloteiro. e na minha maneira (se calhar romântica) de ver as coisas, o estado não pode deixar de pagar serviços que lhe foram prestados numa lógica comercial, a não ser que esteja sem dinheiro.

os fundos que vêm da europa o governo já os queria canalizar para afilhados (provavelmente aqueles que prometessem maiores financiamento de campanhas) com isto dos ajustes directos até 5M de €. isso é tão escandaloso que teve que vir a UE por travão a essa ideia porque não aceitava que o seu dinheiro fosse envolvido em futuras suspeitas de favorecimentos e corrupção.

a oposição não passa de um fantoche. o governo diz que sim, a oposição diz que não. o governo toma uma decisão, um partido da oposição diz mata, o outro diz esfola. muda o partido do governo, e a conversa é a mesma, mudam os protagonistas.

e fica muito mal ao sócrates já estar a atirar com esta dos homossexuais para o próximo mandato. ele só não avança com isso agora porque não quer (e porque a esquerda na eleição não lhe perdoaria na mesma algumas mentiras) e porque à direita também perderia crédito porque por norma as pessoas opõe-se aos casamentos entre homossexuais.

assim, atirando isso para o próximo mandato evita perdas significativas à direita e diz à esquerda que se lhe derem a maioria que ele pede, ele lhes dá isso. se não derem, ele não poderá levar isso em frente pois se estiver unido ao pp jamais chegariam a acordo sobre isso...

(fazes muito bem em escrever muito que eu gosto de comentários elaborados :)

PDuarte disse...

e outro.

afectado disse...

pduarte, e outro?

Anónimo disse...

Bem...concordo com os teus fundamentos contra a oposição, mas continuo a ser adepta de "Ganhar sem maioria".
No que se refere à homossexualidade concordo plenamente que isso é tudo jogo de campanha. Se realmente quisessem, esta questão já estava resolvida.
Relativamente aos fundos da UE, não tinha conhecimentos desta situação. Ainda bem que há gente atenta e sensata na UE para ver este tipo de descaramentos e controlar.
Isso do estado ficar a dever aos seus próximos, acho que é normal.É tudo uma questão de facilidades, o estado é o patrão disto tudo, ele manda, ele pode...é típico do estado (seria de estranhar se assim não fosse)..ainda bem que existe tribunal e leis, para as empresas colocarem o estado em julgamento pelo endividamento. (o problema é que acaba por sair tudo do nosso bolso).
Bjss ("De uma loira")

I.D.Pena disse...

Sim, o caso anda mal parado.

ninguém sabe o que fazer, em que votar, já não há vontade , e até para os menos letrados - POLITICA = MENTIRA.

não há carácter, não há escolha, os jovens querem votar, mas não sabem em quem, se reparares há muito pouca informação, não dos candidatos essa há demais e contraditória. A burocracia é uma fachada que protege a classe politica. Os jovens não têm paciência, os idosos não têm saúde, e a classe trabalhadora, muito poucos votam porque simplesmente estam desanimados, cansados, e muitos a trabalhar.

e o pior afectado é que se não votamos levamos com as tangas de que se não se vota não se deve reclamar, o que é ilógico, qualquer pessoa que paga impostos PODE e DEVE reclamar.

existiu uma ocasião que não consegui votar, estava sobrecarregadissima de trabalho, enfim ...

estou como tu : "das duas uma: ou voto em branco, ou fico a dormir de manhã "

mas penso que se queremos marcar uma posição deveriamos votar em branco. Quantos mais melhor, seria mais um recorde, nós somos óptimos nesse aspecto.

afectado disse...

de uma loira, eu também acho que um governo sem maioria é o ideal... mas num país onde se faça politica a sério, onde os políticos sejam sérios. aqui os deputados são um bando de carneiros domesticados que a sua actividade durante 4 anos resume-se a levantar o braço para votar e ir para as festarolas com as acompanhantes de luxo.

pois, salvou-nos a UE. era uma coisa tão descarada que eu até me admirei como havia em portugal quem tivesse coragem para querer algo assim. pelos vistos há, é o nosso (des)governo!

mas o estado ficar a dever quando por outro lado tem dinheiro para outros investimentos é algo muito errado. há empresas que baseiam a sua actividade em prestar serviços ao estado, se este não lhes paga, que futuro tem a empresa? para onde vão os trabalhadores dessa empresa?

claro que há tribunais, mas isso demora quanto tempo? com certeza mais do que aquele que a empresa aguentará sem os pagamentos que lhe são devidos...

afectado disse...

i.d.pena, penso que grande parte dos portugueses nesta altura olha para quem os poderá vir a governar e não sabem em quem poderão votar, não confiam em ninguém porque no fundo, mais coisa menos coisa, são todos iguais!

votar em branco é aquela opção de quem quer dizer "vocês são uma merda". o problema é que eles ignoram isso, e lá vão todos para o poleiro.

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