Carta aberta ao Primeiro Ministro
Sr. Primeiro Ministro,
Uma vez que me desloco de casa para o trabalho e vice versa no meu próprio carro, gostava de gozar de um regime especial que me permitisse abastecer com gasolina profissional. É verdade que não sei bem o que isso é, mas para ser tão ambicionada deve ser muito barata.
Agradecia também que os meus patrões em vez de me pagarem ao dia 1 de cada mês, o passassem a fazer uma semana antes. Não que me faça diferença, mas confere um certo estilo aos meus pedidos.
Quanto às portagens se conseguiu que a Brisa aceite que os camionistas paguem menos, certamente que consegue isso para mais um. A penalização que os restantes contribuintes vão receber devido a essa decisão reveladora de uma genialidade que Vossa Excelência apresenta não será maior apenas por me juntar às excepções. É verdade que para me deslocar para o trabalho não passo por nenhuma portagem (apenas durante o dia, mas aí o carro é da empresa e o patrão paga), mas isto dava-me jeito ao fim-de-semana para ir para a praia.
Sr. Primeiro Ministro, se não me satisfizer estes pedidos irei montar um piquete de greve, constituído pela minha pessoa, em frente à porta da casa de banho da minha empresa. Alerto-o para as consequências danosas que isso pode ter primeiro nos nossos escritórios mas que rapidamente se alastrará ao resto do país. É uma situação de alto risco que certamente Vossa Excelência não quer que se verifique. Suspeito que ao fim de três dias haverá muita gente em Portugal já sem acesso a ar puro.
Grato pela sua atenção, sem mais de momento,
Afectado.
Uma vez que me desloco de casa para o trabalho e vice versa no meu próprio carro, gostava de gozar de um regime especial que me permitisse abastecer com gasolina profissional. É verdade que não sei bem o que isso é, mas para ser tão ambicionada deve ser muito barata.
Agradecia também que os meus patrões em vez de me pagarem ao dia 1 de cada mês, o passassem a fazer uma semana antes. Não que me faça diferença, mas confere um certo estilo aos meus pedidos.
Quanto às portagens se conseguiu que a Brisa aceite que os camionistas paguem menos, certamente que consegue isso para mais um. A penalização que os restantes contribuintes vão receber devido a essa decisão reveladora de uma genialidade que Vossa Excelência apresenta não será maior apenas por me juntar às excepções. É verdade que para me deslocar para o trabalho não passo por nenhuma portagem (apenas durante o dia, mas aí o carro é da empresa e o patrão paga), mas isto dava-me jeito ao fim-de-semana para ir para a praia.
Sr. Primeiro Ministro, se não me satisfizer estes pedidos irei montar um piquete de greve, constituído pela minha pessoa, em frente à porta da casa de banho da minha empresa. Alerto-o para as consequências danosas que isso pode ter primeiro nos nossos escritórios mas que rapidamente se alastrará ao resto do país. É uma situação de alto risco que certamente Vossa Excelência não quer que se verifique. Suspeito que ao fim de três dias haverá muita gente em Portugal já sem acesso a ar puro.
Grato pela sua atenção, sem mais de momento,
Afectado.
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2 Comentários:
Também quero!
Tu não sabes escrever cartas a Sua Excelência, pá!
Foste porreiro, apenas! E isso afecta-me, pá!
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