Chumbar
Foi penoso ouvir a ministra da educação defender o fim dos chumbos na entrevista que deu esta noite à SIC. Tudo bem que ela não falou em acabar com os chumbos, mas em diminui-los progressivamente, o que levará inevitavelmente ao seu fim. E nem teve a coragem para dizer quanto tempo demoraria a chegar ao fim. O melhor argumento que se ouviu foi que países mais desenvolvidos que Portugal funcionam assim, que lá não há chumbos. Como se isto garantisse por si só que cá a coisa tenha o mesmo efeito. Mais, as realidades são tão diferentes que imita-los pode ser catastrófico. E para a próxima espero que a ministra use um argumento mais bem estruturado... até pode falar nos países mais desenvolvidos, mas pelo menos que demonstre por a+b que a medida em Portugal teria efeitos benéficos. Pois, mas para isso só se puserem o Luís de Matos a ser entrevistado...
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8 Comentários:
Não chumbam porque há bons sistemas para ajudar os alunos com dificuldades.
Cá não há nada disso, nem vai ser preciso estudar para passar de ano, ao que chegamos...
E começar as casas pelos telhados decerto que as manteria em pé... pffff...
Que lindeza... não há dinheiro para escolas e pólos de formação, mas há para renovar as frotas dos popós das excelentezas...
Quanto a mim, digo: vão xular outra porque eu estou farta. É impossível trabalhar-se decentemente no ensino português, seja ele onde for. Os professores são afogados com burocracia e medidas idióticas. Começo a dar razão aos teóricos conspirativos que crêem que o objectivo não é ensinar, mas formar cambadas e massas ignorantes, sem espírito crítico argumentativo, capazes de acreditar em tudo. Mais fáceis de manipular, portanto.
Fazer o quê? aguentar? vão escravizar outro.
estou assim de bater com a porta. É impossível trabalhar-se nestas condições...
Força, passem-nos a todos. Como conhecimento é poder, mais vale passar o resto da vida a cultivar-me a mim mesma, e não a tentar fazê-lo aos que acreditam que se espremerem um peixe obtêm petróleo...
Fosga-se, tá toda a gente de férias e os parvos aqui a alombar. E depois vêm estas ministrazecas anormalóides carregadas de falsa pedagogia e ainda nos boicotam mais o trabalho!!! como se não fosse ja de si dificil ensinar a algo a pessoas que cada vez mais acham que não precisam de trabalhar nem de se esforçar para ter um grau de escolaridade ou uma carteira profissional!!!
Fosga-se pá!!! estou mesmo fartaaaaaaaaa!
desabafo... :(
Mas vocês ainda acreditam em alguma coisa que um membro deste Governo diga!? Ainda não perceberam que quando alguém deste governo diz alguma coisa, o mais provável é quererem estar a dizer o oposto. E ainda não perceberam que quando alguém diz alguma coisa da parte da manhã, da parte da tarde essa mesma pessoa diz o contrário, para à noite alguém dizer uma terceira coisa, que será depois confirmada pelo primeiro ministro, no dia seguinte. Continuamos alegremente a dar gás aos balões de ensaio que a ministrada vai lançado. É a chamada governação à vista. Lança-se o engodo para testar o povo. E o povo chupa e engole, como se fossem rebuçados peitorais do Doutor Bayard.
O problema do ensino em Portugal, e que reflecte um dos grandes problemas do país, é a falta de exigência. Aos alunos nada é exigido porque... coitadinhos, já têm tantas obrigações e não se pode... E nada lhes é exigido porque quem os ensina também não enfrentou verdadeiros níveis de exigência... os cursos superiores tiram-se com copos espirituosos na mão... o acesso à profissão faz-se sem critério... e não existe critério porque nada neste país tem critério, basta cumprir os mínimos, saber desenrascar, no ensino e consequentemente nas restantes áreas. Porque este é um país cheio de mecânicos de berma de estrada. E assim vamos alegremente cantando e rindo.
A entrevista da Ministra da Educação demonstra a confrangedora fragilidade do sistema educativo. Que raio de professores são estes que se enredam todos para tentar explicar duas ou três ideias básicas.
Infelizmente, ainda não poderá ser este ano que começo a minha formação que me possa levar a outra área! Tudo porque aceitei orientar estágio para futuros professores, a custo zero para o estado e trabalho extra para mim! (e custos tb, porque já me avisaram que não me pagam as idas semanais à universidade... adiante!) Foi uma espécie de última tentativa de acreditar que ainda podemos chegar a algum lado... já me passou! Não vale a pena! Tenho a certeza que desistirei muito brevemente! :(
eu nem queria acreditar no que estava a ouvir. a ministra parecia ter fugido de algum hospício, com aquela conversa, só pode. o pivô perguntava uma coisa, e ela respondia outra. ele voltava a perguntar e ela enrolava. até o pivô estava quase a desatar a rir. opah, parece irreal. aquilo deu mesmo na tv! what the f@ck is going on?! º_º
loira, é típico, fazer tudo ao contrário...
vani, é isso mesmo que isto é: começar a casa pelo telhado.
auroque, mesmo não acreditando, posso criticar.
paula, percebo-te...
pinkk, foi confrangedor.
Subscrevo na íntegra!
sara, :)
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