Tempos perigosos
No nosso país vivem-se tempos em que reina a desconfiança acima de tudo o resto. Os casos de sucesso são encarados com muitas interrogações ao mérito, qualquer movimentação que vise o lucro é vista como fraudulenta por antecipação, e só no fim, se se tiver 100% de certeza que afinal nem houve nada de errado no processo, é que a custo se admite a limpeza da situação. As pessoas não param para pensar que isto tem efeitos retroactivos e que a dúvida que hoje criam sobre os outros, amanhã os outros criarão sobre eles. Mas isso não interessa, o que interessa é tentar destruir os outros, o resto logo se vê.
 |
Nota: Assina o feed deste blog ou recebe todos os posts por email. Podes também acompanhar o blog no Twitter e no Facebook. |
Acrescentaria tempos de inveja e maledicência.
Tendo em conta que para se conseguir algo é sempre preciso várias cunhas, se não as tens não consegues.
Torna-se habitual (e mal diga-se) desconfiar-se de tudo o que acontece por mérito.
dylan, sim.
loira, quer dizer que tudo o que tu consigas, será sempre por cunhas?
irritam-me essas teorias quando generalistas demais. claro que portugal é um país de cunhas, isso é evidente. de corruptos também. de oportunistas idem. mas isso não quer dizer que todos sejam assim...
Não digo tudo, mas em parte sim.
Não são todos mas são quase todos. Estás a ser ingénuo se pensas o contrário. Paga o justo pelo pecador como se diz.
loira, eu não penso o contrário.
Afectas, há já uns anos que eu uso um ditado que ilustra muito bem o que aqui dizes: "Nas costas dos outros eu vejo as minhas...".
É mau, é péssimo, mas uma coisa é certa são cada vez menos os casos de sucesso que se ficam a dever apenas ao mérito... infelizmente!
pronúncia, essa frase é-me bastante conhecida :)
isso é verdade... o que não quer dizer que não haja quem se safe pelo mérito!
Afectas, já a sentiste na pele?! Ou melhor... nas costas?! ;)
Claro que há, o problema é que são cada vez menos os casos em que o sucesso se deve apenas ao mérito... e os exemplos estão bem à vista.
não propriamente, mas já me contaram uma história real de alguém que a disse no dia em que foi corrido para fora da minha actual empresa. e veio-se a revelar verdade.
Enviar um comentário
Comenta à vontade, estejas ou não de acordo com o que por cá é dito. No caso de te quereres armar em espertinho, lembra-te: "para parvo, parvo e meio". Bons comentários!