As tampas de plástico e as cadeiras de rodas
Não é verdade que seja um mito urbano a "história" das tampas das garrafas que davam para trocar por cadeiras de rodas. Houve, de facto, uma altura em que a campanha para essa troca foi feita e havia recipientes para as depositar. Não eram precisos gnomos ou duendes para recolher as tampas... bastava ser interessado e perder uns minutos do dia na deslocação até um dos sítios onde se fazia a recolha. E não foi alguém que me contou, nem tão pouco digo que alguém que eu conheço fez isso. Não, eu fiz isso. Assim como muita gente que se interessou na devida altura. E sim, houve quem à custa disso tivesse a sua cadeira de rodas que de outra forma não teria.
O que as pessoas que participaram nisso não têm culpa é que algumas pessoas só tenham decidido guardar tampas após essa campanha (a não ser que ainda decorra alguma, coisa que eu desconheço). E essas algumas pessoas tiveram tanto interesse que decidiram guardar as tampas sem se informarem devidamente da campanha que já nem existia. Esta "história" não é uma questão de mitos urbanos, é uma questão de falta de interesse e comodismo de alguns.
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25 Comentários:
Há quem leve as tampas para o psiquiatra. Já vi que levas as tuas para a reciclagem. Sempre sai mais barato.
beijos, bebé
Não é um mito urbano, não, é bem real e começou por um motivo bem real também: o costume de as pessoas deitarem para o ecoponto as garrafas de plástico FECHADAs com as respectivas tampinhas...ora, uma garrafa de plástico cheia de ar, mas tapadinha com a sua tampinha, dá o quê no meio do compressor de lixo? BUM! pois! :D BUM! Vai daí, surgiu essa ideia de levar as pessoas a "coleccionar" tampinhas, de modo a que se habituassem a não as enroscar nas garrafas.
Continua a ser válido que não se enrosquem as tampas nas garrafinhas, tal como continua a ser válido que o pessoal já está meio treinado para não o fazer...fomos pavlovados! :D
Na altura fiquei com sacos e sacos de tampinhas ahahaha! espero que alguém tenha tido a sua cadeira de rodas :)
Sei que há uma campanha do género, tb para evitar que se deitem fora as garrafas com a tampa enroscada, mas agora não me estou a recordar qual é... :/
Afectas, a campanha terminou mas ainda existem pessoas que necessitam e a quem essas tampas dão muito jeito. E falo com conhecimento de causa. A única diferença é que têm de ser essas pessoas que necessitam a juntar as tampas necessárias para poderem ter a cadeira de rodas. Existem dois casos desses na minha terra e as pessoas de cé guardam as tampas e vão entregar a essas pessoas. Dessas duas pessoas que necessitam uma já conseguiu a cadeira. A outra ainda tem de juntar mais. Pode não ser uma grande campanha a nível nacional mas a nível local toda, ou quase toda, a gente faz isso para poder ajudar a Senhora que necessita. Por exemplo, esta tarde vou entreegar imensas rolhas lá a casa da Senhora. Não as juntei todas, apenas andei a recolher pelas pessoas que também estão a juntar.
Beijo
Na minha escola existe a "obrigatoriedade" de guardar as tampinhas, a fim de conseguir uma cadeira de rodas para uma menina da vila. Todos os meses a mãe da mesma vem recolhe-las.
Não foi um mito, foi verdade e, como exemplificado pela adesão que teve, às vezes, só é preciso alguém iniciar um projecto. Projecto este que não prejudicou ninguém, só ajudou.
Ajudou aqueles que conseguiram assim a sua cadeira e ajudou, por exemplo, as crianças, que encararam isto como uma responsabilidade, o que é um bom exemplo.
loulou, até há quem leve muitas tampas.
vani, pois não é mito urbano...
ana, ainda bem que há quem se esforce para que isso funcione!
calendas, acho muito bem... espero que consigam!
nirvana, tens razão, muitas vezes basta ter a ideia e lança-la... o resto surge naturalmente.
Afectado, já se conseguiu. Já vamos na 2ª, sempre para a mesma menina, que as meninas crescem e as cadeiras não duram sempre.
calendas, óptimo!
Continuo a juntá-las e pelas razões que a Ana e a Vani apontaram... ainda servem para trocar por cadeiras de rodas e há um projecto na Universidade do Minho ligado a polímeros (penso que é isto) que também as recolhe... e o ecoponto agradece que assim não apanha com aqueles BUM's desagradáveis!
pronúncia, penso que já estamos em número suficiente para não se pensar que isto é um mito urbano. porque não é mesmo!
Eu também continuo a guarda-las... já se tornou vicio! Lá no office há uma caixa para juntar todas mas sinceramente não faço ideia para onde as levam ;)
suspiro, pelo menos não andas por aí a dizer que é um mito urbano :)
Afactado: A malta de Braga que tiver tampas e não souber que destino lhe dar a Ana aceita. E o Senhor da minha terra agradece!
Eu quando li o post também queria explicar que de facto eu conheço alguem que teve uma caderia de rodas à conta de muitos alguéns ( e estes conheço-os bem) que perderam noites e fins de semana a recolher tampinhas. Mas o blog não permite comentários.
sabina, pois, ela é que perde... fica sem saber, continua a imaginar mitos urbanos.
Eu junto imensas porque deito fora muitas garrafas. Cá no Porto ainda há sítios para as levar!
ana, fica o aviso.
aufdermaur, é bom saber que há pessoas que conhecem esses sítios.
gostava de saber como posso trocar tampos por uma cadeira de rodas a minha tia avo sofre de 90% de deficiência como podem imaginas já tem uma certa idade e a cadeira que possui já não se encontra em condições
moro em Setúbal e não faço ideia de como participar nesta iniciativa, quando procuro na net só encontro noticias nada explica onde me dirigir a quantidade a juntar, nada, não encontro nada.
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