Madeleine McCann, a comunicação social e a PJ

A intercepção de comunicações - telefones (fixos e móveis) e correio electrónico - realizada no âmbito da recente operação levada a cabo pela Judiciária e pela polícia inglesa aos pais de Madeleine McCann e seu "núcleo familiar" terá sido determinante para os investigadores concluírem que a criança inglesa foi morta no apartamento em que dormia, com os irmãos, na noite de 3 de Maio, na Praia da Luz.

Texto retirado do Diário de Noticias.

Pelo texto que se pode ler no excerto da noticia que aqui coloquei, conclui-se que Madeleine estará mesmo morta e que isso se terá devido à acção (intencional ou acidental) dos pais ou então de alguém próximo dos mesmos. Se o que foi escrito nesta noticia vem de fonte segura, então podemos estar próximos do desfecho deste drama e provavelmente os próximos dias vão trazer informações mais conclusivas. Contudo, e disto é que eu tenho medo, o que foi escrito pode não passar de uma informação vendida ao DN sem que seja necessariamente credível. Se assim for então a situação pode se estar a tornar perversa ao ponto de já se estarem a crucificar pessoas tendo por base suposições e informações vendidas, informações essas que se não forem chocantes para o povo nunca valem tanto na arena em que se guerreiam os meios de comunicação social.

A espaços ouvem-se criticas à comunicação social Inglesa por esta criticar o desempenho da Policia Judiciária. Contudo o modo como as noticias têm sido lançadas pela nossa comunicação social não me fazem sentir em nada superior aos ingleses neste aspecto. No que respeita ao desempenho da PJ penso que é muito cedo para o classificar, e pelo menos deve-se esperar pelos desenvolvimentos dos próximos dias. Mas gostava se saber o porquê de só agora se ter descoberto o sangue no apartamento. Se foi porque não tinham os cães então o local do crime não estava totalmente investigado e assim o apartamento devia ter ficado interdito até que fosse possível completar a investigação. Alguma coisa falhou, e era bom que alguém explicasse o que foi e não viessem apenas falar quando há motivos de aplausos por algo bem feito pela PJ.